"Os grandes magistrados como Teori nunca se vão, eles nunca se despedem, porque na realidade não partem jamais. Os grandes juízes como o saudoso ministro Teori Zavascki permanecem na consciência e no respeito de seus jurisdicionados", acrescentou o ministro.
Celso de Mello também destacou o momento difícil que o País vive. "O ministro Teori, atingido por um desses golpes terríveis e inesperados do destino (...), despede-se de nós em un momento de graves e profundas inquietações que tanto afetam a vida desse pais e comprometem a correção e lisura de nossos processos políticos e administrativos".
"O Judiciário não pode perder a condição de fiel depositário da permanente confiança do povo brasileiro, que deseja preservar o sentido democrático de suas instituições e, mais do que nunca, deseja ver respeitada em plenitude por todos os poderes do Estado a autoridade suprema de nossa Carta Política e integridade dos valores que ela consagra, sob pena de a instituição judiciária deslegitimar-se aos olhos dos cidadãos da República", afirmou o decano.
Segundo o Broadcast Político apurou, Celso entrou em contato com auxiliares de Teori para coletar informações antes de fazer a sua fala na sessão.
Ao contrário de anos anteriores, a sessão plenária desta quarta-feira não reúne os presidentes da República, da Câmara e do Senado. Mais discreta, a sessão deste ano não é solene - os convidados são do Poder Judiciário e familiares de Teori. Também estiveram presentes ex-ministros do Supremo Tribunal Federal Cezar Peluso e Sepúlveda Pertence.
Os funcionários do gabinete de Teori Zavascki assistiram à cerimônia inaugural. O juiz Márcio Schiefler Fontes, juiz auxiliar do gabinete do ministro Teori Zavascki que atuava na análise dos processos ligados à Operação Lava Jato, recebeu alguns cumprimentos antes da sessão iniciar.
Marcio Schiefler se desligou do Supremo Tribunal Federal oficialmente. O braço direito de Teori deve retornar às suas funções originárias na Seção Judiciária de Santa Catarina.
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, também presente à sessão, falou sobre a memória de Teori. "Teori distinguiu sua existência em todos os sentidos. Os adjetivos que marcaram sua vida pessoal e profissional reverberam em uníssono virtudes que se espera de uma pessoa inesquecível e de um magistrado ímpar".
"Segue a indagação de qual terá sido o propósito do roteirista desse incompreensível episódio", disse Janot.
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