Os médicos que tratam casos de traumas, AVCs, doenças coronarianas e sepse (infecção na corrente sanguínea) da Santa Casa da Misericórdia de Sobral (Região Norte) têm, desde o primeiro trimestre de 2016, um equipamento que ajuda no diagnóstico das patologias. A telemedicina, transmissão feita ao vivo, ajuda a promover conversa entre eles e os médicos do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE), em São Paulo, para discutir condutas terapêuticas e hipóteses de diagnósticos.
O projeto funciona com uma câmera que capta 360 graus. Por ela, os médicos do HIAE observam o paciente e podem confirmar ou não o diagnóstico. Até agora, de acordo com o médico Cristiano Araújo, diretor técnico da Santa Casa, as dez transmissões realizadas até agora confirmaram as hipóteses levantadas pela equipe de Sobral. Estudantes do curso de Medicina e de Enfermagem também participam das conferências. O investimento é completo do Hospital Albert Einstein.
Os pacientes são examinados pelas duas equipes e, segundo o diretor técnico, ambas asseguram o mesmo diagnóstico. “Em nenhum dos casos a conduta tomada na Santa Casa era divergente da condutora orientada pelo Albert Einstein. Isso prova que o corpo clínico da Santa Casa está em sintonia com o corpo médico”, informa o diretor.
A enfermeira da Santa Casa Milena de Melo diz que a telemedicina serve para aprimorar condutas terapêuticas e lançar outros olhares sobre os casos. Ela lembra uma jovem de 21 anos, diagnosticada com leishmaniose. “Alguns internos (alunos) estavam presentes e puderam participar da discussão”, diz.
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