Uma funcionária pública da Secretaria de Saúde de Santa Catarina conseguiu na Justiça reduzir a carga horária de trabalho para cuidar da filha, de 4 anos, que é autista, sem reduzir o seu salário. Alice foi diagnosticada com autismo aos 8 meses de idade e desde então a mãe, Amanda Fávero, tenta dedicar a maior parte do seu tempo aos cuidados com a menina, que enfrenta vários problemas de saúde.
Dentista da rede pública catarinense, Amanda precisa estimular as habilidades da filha, além de manter um rigoroso cuidado com a alimentação da criança. Porém, dedicar-se a esses cuidados era muito difícil, pois ela trabalhava o dia todo e quando chegava em casa, geralmente a noite, a menina já estava dormindo. Com a ajuda de uma advogada, a servidora descobriu que podia ter uma redução da carga horária de trabalho, sem o prejuízo no salário.
Inicialmente, foi feita uma ação no município em que mora, Ponte Serrada, um pedido de liminar para que antes da decisão final do processo, Amanda já conseguisse ficar em casa com a filha. A Justiça concedeu o direito de redução de carga horária, mas com redução salarial, o que não era o objetivo inicial. A advogada da dentista então entrou com um recurso no Tribunal de Justiça de Santa Catarina que foi aceito.
Amanda atualmente trabalha apenas o turno da manhã e pode dedicar o restante do dia aos cuidados da filha, o que tem ajudado bastante no progresso da menina. Para ela, a conquista abre precedentes para que outras mães que tenham filhos com necessidades especiais também possam ser beneficiadas.
Redação O POVO Online
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