domingo, 29 de janeiro de 2017

Controle de Alcaçuz é retomado após 14 dias de rebelião

Foram as bandeiras do Brasil e do Rio Grande do Norte que indicaram, ontem, a retomada pelo governo da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, na Grande Natal, após 14 dias de rebelião. Elas foram hasteadas no teto dos pavilhões em substituição aos lençóis brancos com inscrições das duas facções rivais que duelavam na unidade e até então denunciavam o motim. A operação batizada de Phoenix contou com a atuação de 78 homens da força-tarefa de intervenção penitenciária, do Ministério da Justiça, vindos do Rio, do Ceará, de São Paulo e do DF. Agentes do Grupo de Operações Especiais (GOE) potiguares integraram a ação, que terminou com a apreensão de uma arma de fogo, dezenas de armas brancas e 30 celulares.

De acordo com as informações repassadas pelo governo do Estado, 120 detentos que portavam material ilícito ontem foram encaminhados para autuação na delegacia móvel, instalada pela Polícia Civil na unidade. A Secretaria de Justiça e Cidadania trabalha para identificar possíveis lideranças entre os presos. A atuação dos agentes foi focada nos pavilhões 4 e 5, que concentraram as brigas durante as duas semanas de rebelião. A briga teria começado no sábado retrasado, quando membros do Primeiro Comando da Capital (PCC) deixaram o pavilhão 5 para assassinar rivais na estrutura vizinha; 26 morreram naquele dia.

Ao redor da unidade, já eram visíveis o depósito de materiais de construção, como vigas, para a construção de uma cerca do lado externo, além de outros reparos previstos pela administração estadual. No interior da unidade, já está em andamento a construção do muro que vai separar os pavilhões 1, 2 e 3 das unidades 4 e 5, que deve ficar pronto em até 20 dias. (AE)

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