sábado, 3 de dezembro de 2016

VENDEDOR DE LOJA Filha faz campanha em mídia social para que pai seja efetivado no trabalho

A crise financeira do País tem deixado milhares de brasileiros desempregados. Segundo os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), até o fim do mês de junho o Brasil possuía 11,6 milhões de pessoas sem emprego. O pai da professora de Biologia, Aline Alves, faz parte dessa parcela da população. E devido às dificuldades financeiras enfrentadas pela sua família, Deysenaldo Nobre, de 54 anos, precisa conseguir um emprego para arcar com as despesas de casa.
Pensando nisso, Aline fez uma publicação pedindo às pessoas que comprassem sapatos em uma loja de um shopping de Fortaleza, na qual o seu pai está trabalhando como vendedor por tempo determinado, para que ele seja efetivado.
Na publicação, Aline explica que Deysenaldo estava há quase dois anos sem trabalho e no fim de novembro conseguiu um emprego temporário como vendedor de loja. Mas, para ser efetivado no próximo ano, Deseynaldo precisa bater a meta da loja. Em entrevista ao O POVO Online, a professora conta que a renda de sua família é constituída pelo seu salário, que não chega ao valor do salário mínimo, e pelos bicos que o seu pai e a sua mãe conseguem ao longo do mês.


“No ano passado, ele conseguiu um trabalho semelhante, mas não conseguiu ser efetivado. A nossa casa é financiada e estamos com as parcelas atrasadas. Minha mãe está sem trabalho e o meu irmão é formado em gastronomia, mas está sem emprego”, disse Aline ao O POVO Online.

O pedido de ajuda repercutiu nas mídias sociais. A publicação de Aline conseguiu mais de 8,9 mil curtidas e 3.812 compartilhamentos. Muitos internautas admiraram a iniciativa da professora. “Que linda sua atitude, como filha. Ele deve ser merecedor desse amor”, comentou uma internauta.

Essa não é a primeira vez que Aline recorre às mídias sociais para ajudar a sua família. No mês de abril, Aline pediu ajuda aos integrantes do grupo “Alguém conhece alguém que” para conseguir custear o tratamento de uma doença ocular do seu irmão. Jerônimo Neto precisava fazer um tratamento chamado Crosslinking, que custava R$ 8 mil. O valor era incompatível com a renda da família.

Após sete meses, Aline contou ao O POVO Online que muitas pessoas ajudaram na causa de seu irmão e graças ao dinheiro arrecadado ele conseguiu comprar um óculos de grau e pagar os exames especializados. O tratamento está previsto para janeiro.
“A gente mudou de médico e fizemos exames mais especializados. O doutor conseguiu diagnostificar que o cone, responsável por prejudicar a sua visão, não fica em cima da pupila, o que deixa o caso menos sério. O procedimento está previsto para janeiro”, contou Aline.
Ela também informou que, com as doações, conseguiram pagar um plano de saúde para o seu irmão e encontrar o mesmo tratamento com um valor mais barato, no Hospital de Olhos Leiria de Andrade.
Redação O POVO Online

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