A lancha era ocupada por profissionais do Estado, Folha de S. Paulo, O Globo e TV Bandeirantes. Além da documentação, foram checados coletes salva-vidas, luzes e extintores de incêndio. O procedimento é parte do esquema de segurança na área, comandando pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência por causa da presença do presidente. Foi a segunda abordagem ao barco em dois dias. Na anterior, um militar afirmara que não seria possível ficar a qualquer distância da Marambaia. Os jornalistas presenciaram na quinta-feira, 28, outra vistoria, de um barco com uma família que procurava uma ilha e ignorava a presença de Temer. A lancha foi checada, e seus ocupantes, orientados a se afastar.
Temer desembarcou na Ilha da Marambaia, no extremo oeste da Restinga, na tarde de quinta, 29, com a mulher, Marcela, e o filho, Michel, vindo de Brasília. A viagem foi cercada de segredo. Funciona na região o Centro de Adestramento da Ilha da Marambaia (Cadim), e também há um hotel de trânsito da Marinha. A região já recebeu outros presidentes: Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva. O esquema de segurança de Temer, porém, parece ser o mais rigoroso.
Enquanto os militares faziam a vistoria do barco com os jornalistas, um grupo passeava à beira da praia na ilha. À distância, não era possível identificar se era a família do presidente. Temer teria pedido que sua privacidade fosse garantida. A região, na Costa Verde fluminense, é um destino turístico muito apreciado por sua beleza. Como a Restinga é controlada por militares e de acesso restrito a seus familiares e convidados, está muito preservada.
A Marambaia já foi objeto de disputa entre a Marinha e uma comunidade de pescadores e remanescentes de um quilombo, que acusavam os militares de quererem expulsá-los ilegalmente e de forma arbitrária. No fim de 2014, um acordo encerrou o conflito.
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