terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Hospital Regional do Sertão Central dá início a atendimentos

Dois anos após ser inaugurado pelo ex-governador do Ceará, Cid Gomes, o Hospital Regional do Sertão Central, em Quixeramobim, iniciou as primeiras atividades na manhã de ontem. O local, que prevê atendimento para cerca de 630 mil pessoas quando estiver em pleno funcionamento, realizou 18 procedimentos ambulatoriais. A abertura se deu após audiência pública realizada na Promotoria de Justiça da Comarca de Quixeramobim, na tarde da última quinta-feira, 1º, em que ficou definido que o hospital deveria funcionar até o dia 9. 
“Todos nós vínhamos acompanhando essa saga na abertura, desde 2014. Recentemente, ficamos sabendo que o motivo do atraso na atividade era a ausência de algumas documentações referentes ao prédio e solicitamos uma audiência”, detalhou o promotor de Justiça da comarca, Vicente Anastácio Martins.

Na audiência, o secretário municipal de Administração e Finanças, Ranieri Rios Valoro, apresentou o Alvará Municipal de Licença para Locação e Funcionamento e o Habite-se, garantindo, assim, a regularidade do funcionamento.

A Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) informou, por meio de nota, que, na manhã de ontem, o hospital atendeu 18 pacientes da região encaminhados pela Central de Regulação do Estado (CreSUS). No local também funciona ambulatório multiprofissional, com serviços de fisioterapia, nutrição e fonoaudiologia.

A secretaria não precisou quando iniciará o funcionamento de outros setores, nem estimou o prazo para atendimento total da unidade. Ainda segundo a nota, “o número de atendimentos à população aumentará gradativamente à medida que os serviços forem implantados, até a conclusão do cronograma de funcionamento. Devido a detalhes técnicos importantes para o cumprimento do prazo inicial de funcionamento ambulatorial, o cronograma das fases seguintes está sendo reavaliado”.

O motivo para a unidade ter mantido as portas fechadas por tanto tempo seria a falta de recursos que financiassem o funcionamento. O Governo do Estado vinha tentando repasses federais para garantir a manutenção. A ideia era que 50% da verba viesse da União.

Em matéria publicada pelo O POVO em setembro deste ano, que informava que a abertura do hospital seria em outubro passado, o Governo informou que foram investidos R$ 147 milhões no hospital. O custo mensal é estimado em R$ 10 milhões, com 28% dos recursos federais e 72% do Estado. A unidade terá 1,6 mil profissionais de saúde e 269 leitos de internação e UTI.

Saiba mais

A ordem de serviço do hospital foi assinada por Cid Gomes em maio de 2012. Inaugurada em dezembro de 2014, a obra enfrentou impasses financeiros e políticos entre Estado e União. O primeiro prazo de funcionamento foi o primeiro semestre de 2015. Após tentativas de captação de recursos, o prazo foi adiado para o primeiro trimestre deste ano. Com o impeachment de Dilma Rousseff (PT) houve novo adiamento e o funcionamento só se deu a partir de ontem. O hospital atenderá a 20 municípios do Sertão Central.

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