O presidente Michel Temer negou ter agido em benefício de seu ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) para a liberação de um empreendimento imobiliário na Bahia e criticou neste o ex-ministro Marcelo Calero (Cultura), neste domingo, 27.
Temer disse, em entrevista coletiva no Palácio do Planalto, que apenas sugeriu na conversa com Calero que ele procurasse a AGU (Advocacia- Geral da União). A intenção não seria atuar em favor de interesses pessoais do ex-ministro Geddel, mas solucionar a discordância entre o Iphan da Bahia e o Iphan nacional.
"É algo que faz parte das atribuições da AGU", disse o presidente. O Iphan da Bahia deu aval para a construção do empreendimento, um edifício de 30 andares no centro histórico de Salvador em que Geddel Vieira Lima comprou um apartamento. O instituto nacional, no entanto, negou o pedido alegando risco para os demais prédios do entorno.
O presidente Michel Temer ainda afirmou que "jamais teria coragem" de gravar um presidente da República. Criticando o ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, ele acrescentou que este é um ato "desarrazoável, quase indigno".
Apesar disso, Temer disse que "aproveitando essa gravação clandestina, talvez façamos desse limão uma limonada institucional". Ele considera solicitar ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI) que passe a gravar todas as audiências públicas em que ele esteja presente - e disponibilizar os áudios para acesso público.
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