terça-feira, 22 de novembro de 2016

"As pessoas têm que conhecer melhor o Ceará", defende Halder Gomes

Os longas Cine Holliúdy e O Shaolin do Sertão sofreram algumas críticas em relação ao estereótipo das personagens. Os comentários alegaram que as características do povo cearense, como o sotaque, por exemplo, foram intensificadas. 

Perguntado sobre o que essas críticas representam, Halder foi sucinto: “As pessoas têm que conhecer melhor o Ceará. Se você for no Interior, as pessoas falam daquele jeito, a gente fala daquele jeito. Se o ‘caba’ disser que isso num é do nosso cotidiano, o ‘caba’ tava em Marte e pousou aqui hoje”, brinca. E continua: “Os filmes são um espelho nosso. E se ver no espelho é muito interessante. Ainda mais com a lupa que é o cinema”.

Quanto às críticas, de um modo geral, o cineasta explica que as obras têm assinaturas, e que é isso o que difere as produções . “O (Quentin) Tarantino, por exemplo, trabalha com muito sangue em suas obras. A crítica cruza uma linha que está perdendo sua função. A marca que cada filme imprime é o que a crítica não entende. E montar um blog e achar que é crítico é equivocado”, ensina.

Apesar de suas características cinematográficas traçarem regionalismo, Halder é multigênero. “Vou fazendo histórias que me convencerem”, esclarece. Ele prospecta projetos para as TVs aberta e fechada, mas ainda prefere manter segredo sobre as novas aventuras.

Para logo, ele deixou escapar uma novidade: a montagem de uma obra sobre o fim da vida de um pintor clássico. “Por ser um drama muito denso, entretanto, não atrai o perfil dos meus investidores atuais”, rebate.

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