O Exército Brasileiro destacou 2.500 militares para reforçar a segurança da Capital durante esta votação de segundo turno. Na manhã deste sábado, 29, soldados e oficiais participaram de formatura de tropas no 23º Batalhão de Caçadores, de onde partiram para reconhecimento da área em que atuarão no domingo, 30 de outubro.
O reforço federal foi garantido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) após juízes eleitorais denunciarem interferência da Polícia Militar no primeiro turno do pleito. Para completar as tropas, foram convocados militares de outros municípios do Nordeste, como Crateús (CE), Picos (PI), Teresina (PI), Petrolina (PE) e Garanhuns (PE). O reforço estará sob comando do General Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira, da 10ª Região Militar.
“Todos eles com as viaturas e o armamento necessários para o cumprimento da missão. Muito bem adestrados tanto na parte militar como na parte eleitoral, já com experiência nesse tipo de missão. Temos certeza que com esse preparo administrativo, logístico e operacional, estaremos aptos a garantir a segurança do pleito eleitoral nas melhores condições”, disse o general.
O Exército só irá interferir em crimes eleitorais, todos os outros crimes serão responsabilidade da Polícia Militar. No caso de infração eleitoral, o Exército precisará de autorização de juiz eleitoral para agir e efetuar prisão de suspeitos, exceto em casos de flagrante. Somente após ter documento de magistrado, os militares poderão levar infratores para a sede da Polícia Federal para interrogatório. Os pontos de apuração também estão dentro do perímetro dos militares e deverão ser reforçados após às 17 horas.
O general lembra ainda que o serviço de inteligência estudou a região e designou o posicionamento da tropa pelos bairros de Fortaleza. “Estaremos em todos os locais de votação. O patrulhamento a pé e motorizado (com 290 viaturas) vai ligar os locais de votação”, afirma. Ele conta que, dentre os militares selecionados para reforçar a segurança do pleito, há aqueles com experiência em missões difícil como a de paz no Haiti.
Candidaturas
A queixa dos juízes eleitorais foi de que houve casos em que policiais militares, alguns em serviço, chegaram a intimidar eleitores em prol de Capitão Wagner (PR). O candidato faz parte da corporação e foi um dos líderes da greve da PM em 2011.
Wagner diz, no entanto, que jamais orientou a militância a ter esse tipo de comportamento. Ele afirma ainda que está contente com a presença do Exército para evitar crimes de boca de urna. O prefeito Roberto Cláudio (PDT) e o governador Camilo Santana (PT) também dizem ter aprovado o envio de tropas federais a Fortaleza.
Nenhum comentário:
Postar um comentário