A posse de Michel Temer na Presidência da República, caso Dilma Rousseff seja afastada definitivamente do cargo, deve repetir o mesmo formato da cerimônia realizada em 1992, quando Itamar Franco assumiu o cargo após a renúncia do atual senador Fernando Collor.
Para a solenidade, que deve ter cerca de meia hora, o peemedebista convidou ministros e auxiliares para acompanhá-lo ao Senado, onde fará um juramento à Constituição e será declarado empossado pelo presidente do Congresso Nacional.
Pelo protocolo definido pelo Palácio do Planalto, Temer chegará ao Senado antes do horário oficial de início da cerimônia e aguardará no gabinete presidencial. Ainda não há um horário definido para a solenidade.
Renan Calheiros abrirá a sessão solene e pedirá aos líderes da base aliada que busquem o novo presidente.
No plenário, Temer será convidado a fazer o juramento, comprometendo-se a manter, defender e cumprir a Constituição Federal, além de respeitar as leis e promover o bem geral da população brasileira. Concluído o juramento, será aberta a palavra ao presidente do Congresso, que irá declarar o peemedebista empossado.
Como o presidente interino pretende viajar no mesmo dia para a China, a ideia é que não seja promovida uma cerimônia de cumprimentos, como ocorre em solenidades de posse de presidentes eleitos. A ideia é que, no mesmo dia, antes de embarcar para o país oriental, o peemedebista promova uma reunião ministerial para definir os rumos do novo governo e grave um pronunciamento em cadeia nacional de televisão e rádio que será exibido na noite desta quarta-feira, 31.
Ontem, ele se reuniu com o marqueteiro Elsinho Mouco para fechar o formato do discurso, que deve ter entre cinco e dez minutos. Na fala, ele insistirá na sua proposta de pacificação nacional, reafirmará seu compromisso com as reformas fiscais (teto de gastos e Previdência Social) e dirá que sua meta será a geração de empregos e retomada do crescimento da economia.
DiscursosPouco mais da metade dos senadores inscritos para discursarem na sessão do julgamento do impeachment da presidenta Dilma Rousseff já falaram. Até as 23 horas de ontem, 40 dos 66 inscritos tinham feito seus pronunciamentos sobre o processo.
Os discursos têm seguido as tendências esperadas de acordo com os partidos de cada senador. Os senadores do PSDB, DEM, PP e PMDB, têm discursado a favor do impeachment, já os senadores dos partidos de esquerda, como PT, PCdoB e Rede, falam contra o afastamento da presidenta.
Há ainda divisões em bancadas, como no PSB, onde a senadora Lídice da Mata (BA) classificou o processo de “golpe”, mas o senador Antônio Carlos Valadares (SE) disse estar convicto de que a presidenta “agiu com abuso de poder político, violando a lei orçamentária, as prerrogativas do Congresso Nacional e a Constituição da República, desestabilizando o regime de responsabilidade fiscal”.
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