O governo interino de Michel Temer pode começar a semana com mais uma crise na Esplanada. Nomeado para chefiar a AGU (Advocacia-Geral da União), Fábio Osório entrou na bolsa de apostas do Palácio do Planalto como próximo ministro que pode ser exonerado. Em conversas reservadas, Temer tem manifestado insatisfação e irritação com as decisões e o comportamento do ministro, cuja situação é avaliada como “delicada” por auxiliares e assessores.
O peemedebista pretende se reunir hoje com o advogado-geral para discutir sua situação. A reclamação principal se deve à atitude do ministro no imbróglio envolvendo o comando da EBC (Empresa Brasileira de Comunicação). O Palácio do Planalto pretendia no mês passado publicar uma medida provisória acabando com o estatuto atual, extinguindo o conselho curador e reformulando o formato da emissora. O objetivo era evitar contestações jurídicas sobre o afastamento do jornalista Ricardo Melo do cargo de diretor-presidente.
Na última quinta-feira (2), contudo, o ministro do STF Dias Toffoli deu liminar autorizando o retorno de Melo. Também desagradou o fato de Osório ter viajado para participar de evento em Curitiba ao invés de ficar em Brasília para liderar a estratégia jurídica.
No último sábado, diante dos boatos de demissão, o advogado-geral emitiu nota oficial, na qual disse que, “apesar das ilações equivocadas sobre sua atuação, permanece trabalhando na defesa do Estado Brasileiro e dos atos do presidente da República, sempre com responsabilidade, equilíbrio, seriedade e transparência.
Mulheres
Na Secretaria de Políticas para as Mulhers, Temer reavlia a indicação da ex-deputada federal Fátima Pelaes (PMDB-AP). O governo decidiu ampliar a pesquisa sobre o histórico público e judicial da presidente do PMDB Mulher antes de dar posse a ela do cargo. Nas palavras de um assessor, com o que foi revelado até o momento, tornou-se
“insustentável” a permanência dela no posto.
Para o lugar da peemedebista, o nome mais cotado é o de Solange Jurema, presidente da secretaria nacional de mulheres do PSDB.
Saiba mais
Ministro define mais um secretário
O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, escolheu ontem o metroviário licenciado Marco Pellegrini para assumir a Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência, estrutura subordinada à pasta. Militante da área, Pellegrini é tetraplégico e foi secretário-adjunto da Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo. O nome conta com o apoio do governador Geraldo Alckmin. Com a escolha, o Ministério da Justiça concluiu as indicações para a chefia das secretarias nacionais da pasta. Excetuando-se o caso da dedicada às Mulheres, que pode ainda ser alterada.
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