O Governo do Estado reservará cerca de 100 hectares para instalação de empresas chinesas na Zona de Processamento de Exportação (ZPE) do Ceará, localizada no Pecém. Seriam 30 hectares alfandegados para a Bomcobras – associação entre Brasil China Petróleo (BRCP) e as estatais chinesas Baoji Oilfield Machinery Company (Bomco) e China National Petroleum Corporation ( CNPC ), que atua na fabricação de materiais para o segmento de petróleo e gás. Os 70 hectares restantes ficariam com empresas chinesas de outros setores ainda em prospecção.
Para fechar negócios com os chineses da Bomco, o Ceará aguarda liberação do visto de entrada de executivos da empresa no Brasil. Antônio Balhmann, secretário de Assuntos Internacionais do Estado, esteve em São Paulo na semana passada para agilizar documentos do visto. Segundo ele, da comitiva que virá ao Ceará, faltam os vistos dos principais representantes da empresa: presidente, diretor financeiro e diretor comercial.
Conforme o secretário, a vinda da empresa de petróleo e gás traria cerca de 300 empregos diretos para o Ceará e o investimento para instalação é da ordem de US$ 180 milhões, que seriam financiados por bancos chineses. Entre os itens a serem fabricados pela companhia, estariam unidades de bombeamento, sondas, equipamentos de perfuração, módulos de plataformas de petróleo e geradores.
A instalação da Bomco na ZPE, que seria a primeira de produtos da empresa fora da China, facilitaria a venda dos equipamentos fabricados para mercados da América Latina e África. Além desses países, a Bomco produz para a chinesa CNPC. No Brasil, a companhia tinha projeto para a Bahia, que foi cancelado porque a Petrobras desistiu da parceria.
Tecnologia chinesa
Com os chineses, o Estado também prospecta a vinda de empresas de pesquisa e tecnologia. Inácio Arruda, secretário da Ciência Tecnologia e Educação Superior (Secitece) diz que há negociações com a empresa de Tecnologia da Informação (TI) Huawei.
Além da China, informa que também querem atrair empresas da Índia. A prioridade é desenvolver áreas de TI, biotecnologia, energias renováveis e metalurgia. “A própria CSP (Companhia Siderúrgica do Pecém) requer, para manter dianteira, tecnologia permanente”, diz.
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