Após a bancada do PP decidir por ampla maioria apoiar o impeachment da presidente Dilma na noite de ontem, o presidente da sigla, senador Ciro Nogueira (PI), colocou os cargos que o partido têm no governo à disposição.
A decisão ocorreu após um dia tenso, durante o qual Ciro se viu derrotado em suas articulações com a bancada da Câmara e se viu obrigado a optar pela unidade do partido.
“É uma decisão que eu não defendia, não vou negar. Mas não vejo outra alternativa do que acatar a decisão da bancada. O partido solicita a carta de renúncia de quem está no governo. Já falei com o ministro da Interação Nacional, Gilberto Occhi e com presidente da Codevasf que fizessem as cartas de renúncia como gesto de grandeza e lealdade”, afirmou. Em uma bancada de 47 deputados, 44 compareceram à reunião que definiu os rumos do partido. Apenas nove declararam votar pela continuidade da petista no cargo, quatro se declararam indecisos e os outros 31 já manifestaram apoio ao impeachment de Dilma.
Questionado se o partido passa a apoiar formalmente o impeachment, Ciro Nogueira respondeu que sim. Deixou claro, contudo, que não haverá punição para aqueles parlamentares não seguirem a orientação da sigla.
Junto com o presidente do partido, um dos que se mantinha contrário ao impeachment, o líder da bancada na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PB), se negou a dizer se vai mudar seu voto no plenário no próximo domingo, 17, quando o processo de Dilma será analisado pelos deputados.
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