O BC realizou leilões de contratos de swap reverso (venda futura de dólar) mas só no terceiro, às 16h20min, vendeu todos os contratos. Isso impediu a forte queda. A divisa acumula baixa de 11,48% em 2016. O euro também teve forte queda. A moeda europeia caiu R$ 0,108 e fechou o dia vendido a R$ 3,987, abaixo de R$ 4 pela primeira vez desde 25 de novembro de 2015.
O economista e consultor Henrique Marinho explica que a incerteza é um componente de muito peso. “Na atual conjuntura política, sua volatilidade é influenciada pela interpretação de que o processo de impeachment está para ser decidido e, desta forma, muitas incertezas diminuirão”, comenta, acrescentando que após esse processo o mercado se posicionará novamente e o câmbio será resultado de uma solução que agrada ou não ao mercado.
A professora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e da ESPM, Cristina Helena Pinto de Mello, a volatilidade vai continuar até a definição política. Lembra que na primeira eleição do Lula foi assim: a cada notícia de que ele poderia ser eleito o dólar disparava. “Agora, a cada notícia que sugere alternância de poder, a taxa de cambio cai”. Para ela, o BC poderia deixar o dólar cair porque ajuda no controle da inflação. Mas, lembra que trata-se de um controle efêmero e não colabora para o equilíbrio das contas externas.
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