Alisson Paulinelly Medeiros Mendonça faria 29 anos no próximo dia 16. Há três anos, ele ingressou na Polícia Civil do Estado do Ceará. Na última quarta-feira, 6, Alisson estava com a noiva na avenida Desembargador Gonzaga, na Cidade dos Funcionários, quando reagiu a um assalto, matou um dos suspeitos e foi ferido a bala, sendo encaminhado ao hospital da Unimed com um tiro no peito. Horas depois, veio a informação da morte do policial.
A notícia foi recebida pela Polícia Civil com muita tristeza, tendo em vista que, ontem, mais de mil pessoas participaram do cortejo que começou na Cidade dos Funcionários e terminou no Cemitério Jardim Metropolitano, onde foi sepultado o agente da segurança pública. As informações são do presidente do Sindicato da Polícia Civil (Sinpol), Gustavo Simplicio.
Com o óbito do inspetor, o número de policiais mortos no Ceará em 2016 dobra em relação ao mesmo período do ano passado, chegando a seis os casos. No mês de março, a Ordem dos Policiais do Brasil (OPB) divulgou que o Ceará está em 4º lugar no País, atrás de São Paulo (1º), Rio de Janeiro (2º) e Paraná (3º). No entanto, se for contabilizado o caso de Alisson, o número se iguala ao Paraná e o Ceará passaria a 3º lugar, tendo em vista que o estado na região Sul não registrou mais casos.
“Para nós é uma dor enorme. Ele era um policial operacional, combativo e também participava da parte sindical, das assembleias”, lembra Simplicio. Ele reclama da falta de prestígio com que a Polícia é tratada pela sociedade e pelo próprio Estado. “Enquanto isso, as forças de Segurança são tratadas com desdém. Diferente dos Estados Unidos, em que a Polícia é respeitada, aqui, quando se tem situações envolvendo policiais, a gente vê os órgãos montando força-tarefa para trabalhar nessas situações, mas não vemos essa vontade política para as nossas causas”, argumentou Simplicio.
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