Os minutos de caminhada entre a parede do açude Castanhão e a água ainda armazenada refletem a gravidade da situação do maior reservatório do País. Ontem, ele chegou aos 9,9% da capacidade. Na quarta-feira, 24, quando ainda registrava 10% de volume, teve reduzida a vazão da água liberada: de sete para cinco metros cúbicos por segundo (m³/s). Foi a medida acordada para diminuir o prejuízo. Agora, a lâmina d’água perde um centímetro por dia para o consumo e a evaporação.
A vazão foi decidida em conjunto com os comitês das bacias hidrográficas, em janeiro, explica Fernando Pimentel, coordenador substituto do Complexo Castanhão e servidor do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs). Enquanto o calor faz evaporar cerca de 4 milímetros diários, as outras perdas são dos múltiplos consumos. Além do abastecimento da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), cidades do Médio e Baixo Jaguaribe e as atividades resistentes de agricultura e piscicultura no entorno se servem do açude. O volume médio dos açudes do Ceará é 12,6%.
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