segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Instituto confirma visita de Lula a imóvel no Guarujá, mas nega propriedade

O Instituto Lula publicou em seu site reproduções de documentos para voltar a negar que o apartamento no edifício Solaris, no Guarujá, pertença a Luiz Inácio Lula da Silva e sua família. A entidade confirmou que o ex-presidente esteve na unidade 164-A, um tríplex de 215 metros quadrados, em uma "única ocasião", em 2014, com a mulher, Marisa Letícia, e o presidente da OAS, Léo Pinheiro. "Lula e Marisa avaliaram que o imóvel não se adequava às necessidades e características da família, nas condições em que se encontrava", diz a nota.
O instituto afirma que a ex-primeira-dama e Fábio Luís Lula da Silva voltaram ao apartamento quando este estava em obras. Segundo o instituto, Lula estava avaliando a compra da unidade, mas não fechou o negócio. O apartamento está em nome da própria OAS.
A nota diz que a família desistiu do negócio "mesmo tendo sido realizadas reformas e modificações no imóvel (que naturalmente seriam incorporadas ao valor final da compra)" por causa de "notícias infundadas, boatos e ilações que romperam a privacidade necessária ao uso familiar do apartamento".
A nota reproduz o contrato para a compra de uma cota-parte da Bancoop pela ex-primeira-dama Marisa Letícia, em 2005, e anexa comprovante de pagamentos mensais à Bancoop e diz que a família investiu R$ 286 mil em valores atualizados na cota, que daria direito a opção de compra da unidade 141, de 82 metros quadrados, no condomínio. O investimento foi declarado pelo ex-presidente ao Tribunal Superior Eleitoral na campanha presidencial de 2006.
Em setembro de 2009, depois da crise financeira da Bancoop, a família decidiu não aderir ao contrato com a incorporadora OAS, que assumiu a obra, mas, segundo o instituto, manteve "o direito de solicitar a qualquer tempo o resgate da cota de participação na Bancoop e no empreendimento". Em novembro de 2015, segundo o texto, Marisa Letícia assina um termo pedindo o resgate da cota, a serem pagos em "36 parcelas, com um desconto de 10% do valor apurado, nas mesmas condições de todos os associados que não aderiram ao contrato com a OAS em 2009". "A devolução do dinheiro aplicado ainda não começou a ser feita", anota o instituto.

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