Cunha foi questionado sobre a decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Teori Zavascki, que afirmou na última terça-feira, 2, a intenção de julgar primeiro a abertura de denúncia contra o peemedebista por suposto envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras, antes de analisar o pedido de afastamento de Cunha da presidência da Casa.
“Já fui réu quando era líder do PMDB. Me tornei réu sob a relatoria de Gilmar Mendes e fui absolvido na sequência. Tem vários que estão aqui que são réus. Eu espero que não possa ser aceita a denúncia, inclusive há uma discussão jurídica que vai ser posta lá. O fato de aceitar a denúncia não significa que eu sou condenado”, disse o presidente da Câmara.
“Acredito que possa não ser aceita porque meus argumentos são muito fortes. Vou continuar em qualquer circunstância.”
Protesto
Enquanto respondia a perguntas de jornalistas, Cunha voltou a ser alvo de uma manifestação de uma já conhecida adversária política, a deputada Clarissa Garotinho (PR-RJ), que gritou “Fora Cunha”, “devolve o dinheiro da Suíça” e “o nosso povo merece respeito”. Cunha chegou a se atrapalhar no início do protesto da deputada, mas seguiu como se nada ocorresse.
Seguranças tentaram retirá-la do Salão Verde, ao que ela contestou, afirmando ser parlamentar, e continuou com o protesto. “Se eu fosse me preocupar com uma manifestação solitária, não estaria exercendo a vida pública. É para isso. Ainda bem que são só solitárias”, comentou Cunha.
O peemedebista também falou sobre a convocação, pelo presidente do Conselho de Ética, José Carlos Araújo (PSD-BA), de uma reunião do colegiado ontem. Para aliados de Cunha, há irregularidades na marcação da reunião, a começar por nem todos os membros terem sido avisados.
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