O valor a ser repassado para o Complexo Hospitalar da UFC é referente ao mês de setembro e deve suprir os custos pelos próximos dois meses. Campos viajou à Brasília, na última segunda-feira, 30, para negociar a regularização dos repasses com representantes da União. A direção do hospital informou que, com a garantia da verba, o fornecimento de insumos foi reiniciado ontem. “Com isso, garantimos que todos os pacientes sejam atendidos com segurança”, afirmou Josenilia Gomes, gerente de Atenção à Saúde do HUWC.
Segundo a médica, membro da direção da unidade, durante os dois dias úteis de suspensão, o hospital deixou de disponibilizar novos leitos para internação e reduziu o funcionamento dos centros cirúrgicos. Das oito salas disponíveis, cinco estavam sendo usadas até a tarde de ontem.
Orçamento
Na avaliação do reitor Henry Campos, os atrasos de repasses do Ministério da Saúde não são os únicos entraves para o funcionamento do Complexo Hospitalar da UFC. Entre as dificuldades elencados por ele, está o pagamento de 700 profissionais vinculados à Sociedade de Assistência à Maternidade Escola Assis Chateaubriand (Sameac), que devem ser substituidos por trabalhadores terceirizados até fevereiro de 2016. Segundo o reitor, a substituição, representaria acréscimo de R$ 1,4 milhão no orçamento do complexo.
Marta Brandão, presidente do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Saúde do Ceará (Sindsaúde), classificou o posicionamento do reitor como “incoerente”. “Sem esses trabalhadores, o hospital teria o atendimento afetado”, pontua.
Repasse municipal
Campos também defendeu a atualização de valores do contrato entre o Complexo Hospitalar e a Prefeitura de Fortaleza referentes a atendimentos prestados por meio do SUS. Segundo o reitor, os repasses se baseiam em contrato estabelecido há dez anos. “Hoje, nós trabalhamos com déficit mínimo de R$ 2 milhões por mês. Esse contrato precisa ser revisto”, afirmou.Repasse municipal
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