Internos promoveramrebeliõessimultâneas noCentro Educacional Patativa do Assaré(Cepa), no Ancuri, e no Centro Educacional Dom Bosco (CEDB), no Passaré, na tarde desta terça-feira, 15.
A informação da rebelião no Patativa do Assaré foi confirmada pela Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS). De acordo com a SSPDS, há apenas registro de danos materiais.
A informação da rebelião no Patativa do Assaré foi confirmada pela Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS). De acordo com a SSPDS, há apenas registro de danos materiais.
Segundo informações repassadas pelo juiz Manuel Clístenes, titular da 5ª Vara da Infância e Juventude de Fortaleza, o episódio no Patativa do Assaré ocorreu apenas em uma ala da unidade e foi um incidente de "pequena a média proporção", já controlado. Conforme o juiz, alguns orientadores - cerca de quatro a seis - chegaram a ser feridos pelos jovens com facas artesanais. Os próprios orientadores controlaram a situação, antes da chegada da Polícia.
Ainda de acordo com Manuel Clístenes, a rebelião no Dom Bosco também já foi controlada, mas é preocupante, pois informações dariam conta de fugas e de feridos. "Lá está acontecendo uma coisa séria. O Dom Bosco está completamente destruído porque são rebeliões contínuas. Já são três em quatro dias. Ocorreu uma sexta-feira, uma sábado e esta hoje", complementa o magistrado. Na unidade, os jovens teriam depredado principalmente a área da administração, avariando materiais de trabalho e computadores.
Em nota enviada ao O POVO Online, a Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social (STDS) confirmou o príncipio de motim nos referidos centros, mas informa que não houve fugas em nenhuma das unidades, nem reivindicações por parte dos adolescentes.
A STDS esclareceu ainda que "segue implementando, para recuperação e melhorias dos centros socioeducacionais, as ações do Plano de Estabilização e Reestruturação do Sistema Socioeducativo, lançado no último dia 9 de novembro".
"Clima de tensão"
Um conjunto de fatores, segundo Clístenes, podem ser apontados como motivações das rebeliões. Além do agravamento do próprio sistema socioeducativo há cerca de dois anos, existe também um "clima de tensão" estabelecido entre socioeducandos e adolescentes, após as últimas rebeliões e prisões de instrutores.
"O grau de criminalidade juvenil hoje é bastante acentuado e os jovens estão com a cultura de rebelião na cabeça. Cerca de 90% ou mais de pessoas precisariam de um cuidado, de um investimento maior do Estado, pois são mais envolvidas com a criminalidade e representam um maior risco para o sistema e para elas mesmas",
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