Nesta segunda-feira, 23, devem ser colocados em liberdade os nove orientadores socioeducativos detidos desde domingo, 15, no 10º Distrito Policial, suspeitos de torturar mais de 100 adolescentes internos no Presídio Militar, em Aquiraz (unidade provisória para onde foram levados jovens do São Francisco após rebelião). A revogação da prisão temporária foi assinada pelo juiz Henrique Jorge dos Santos Falcão, na tarde da última sexta, 20.
A decisão vale também para um décimo orientador, que teve prisão preventiva decretada e iria se entregar neste fim de semana. No entanto, segundo o advogado Cristiano Queiroz Arruda, que representa oito dos dez suspeitos, os planos mudaram com a determinação de soltura. “Foi um relaxamento de prisão porque a detenção foi considerada ilegal. Seria necessário que o pedido de representação feito pelo delegado fosse enviado previamente ao Ministério Público Estadual. Não houve esse envio”, diz.
Um colega de trabalho dos orientadores detidos, que pediu pra não ser identificado, comenta considerar “muito justa” a decisão. “Até que se prove o contrário, eles são inocentes. Na realidade, são pessoas de conduta ilibada, nenhum possui antecedentes criminais, eles têm residência fixa e o tempo de trabalho no sistema socioeducativo varia entre quatro e 18 anos”, defende.
Nenhum comentário:
Postar um comentário