SOBRAL
Projeto busca financiar o trabalho de artesãs
A iniciativa FIA - Oficina de Artesãs pretende arrecadar R$25 mil por meio de financiamento coletivo

00:00 · 28.10.2015

É de fio em fio que se faz a arte. A dedicação a um trabalho delicado, mas de mãos firmes, com o traçado das palhas ou agulhas de crochê, trazem como resultado peças entremeadas de beleza e afeto. Por meio dessa lógica o Projeto FIA - Oficina de Artesãs, aderiu à campanha de financiamento coletivo online, a fim de arrecadar verba e garantir o trabalho para dezenas de mulheres de Trapiá, Aracatiaçu, Sumaré e Taperuaba, distritos de Sobral.
Envolvendo o trabalho das artesãs do Instituto de Assessoria para o Desenvolvimento Humano (IADH), o projeto está hospedado na plataforma Catarse. A intenção é que, até o dia 13 de novembro, sejam arrecadados R$25 mil, que serão distribuídos na aquisição de matéria-prima, mão de obra das artesãs, caixas para embalagens de presentes e custos de envio.
Como recompensa, quem colaborar para a campanha receberá, em casa, um dos kits que variam em roupas para garrafas, anjinhos de natal, jogos americanos, cestas, porta-copos, sousplats, cachepots decorativos e guardanapos, feitos com palha, crochê ou richelieu. O valor da colaboração, que pode ser a partir de R$49,00, determina as peças que serão enviadas. O projeto arrecadou mais de R$16 mil.
Reconhecimento
Conforme a consultora da Casa da Economia Solidária e responsável pela iniciativa, Celina Hissa, a ideia do Projeto FIA é dar visibilidade ao trabalho de mulheres artesãs, principalmente aquelas que se encontram desmotivadas em relação ao ofício por não haver constante venda garantida, criando, ainda, uma ponte entre profissionais do Ceará e consumidores do País.
Celina Hissa, que é designer e diretora da marca cearense Catarina Mina, explica que o projeto nasceu da vontade de repensar os laços entre o mercado, os artesãos e os consumidores, criando novos modelos de negócios para o design brasileiro. Dessa maneira, é possível garantir que artesão receba um valor mais justo pela sua criação.
O projeto busca, portanto, repensar as diversas formas de comercialização tradicionais, uma vez que o trabalho artesanal configura-se a partir de um ritmo que não corresponde à produção acelerada e de grandes quantidades, características dos produtos industrializados.
"O FIA propõe aproximar o consumidor do fazer artesanal, para que ele valorize o produto e não simplesmente o compare com um feito industrialmente. O consumidor passa a ter esse contato próximo, a conhecer a produção", destaca Celina.
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