sábado, 17 de outubro de 2015

FAZENDA AFIRMA

Levy fica e segue 'trabalhando pelo futuro do País'

A nota oficial foi divulgada na noite de ontem, após rumores sobre a saída do ministro do governo

00:00 · 17.10.2015
Na tarde de ontem, Levy esteve com a presidenta Dilma Rousseff para a reunião da Junta Orçamentária, da qual participaram também os ministros da Casa Civil, Jaques Wagner, e do Planejamento, Nelson Barbosa ( FOTO: AGÊNCIA BRASIL )
Brasília. O Ministério da Fazenda negou, na noite de ontem, que o titular da pasta, o ministro Joaquim Levy, tenha pedido demissão à presidente Dilma Rousseff. Por meio da assessoria de imprensa, o ministério informou, de forma oficial, que Levy jamais escreveu alguma carta pedindo dispensa do cargo, como chegou a ser noticiado por um veículo de imprensa.

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Segundo a assessoria, Levy continua "trabalhando pelo futuro do País". Ontem à noite, o ministro deixou o prédio do Ministério da Fazenda sem falar com a imprensa e seguiu para o aeroporto de Brasília, mas a assessoria não informou o destino.
Por volta das 18 horas, o ministro tinha chegado ao prédio, também sem falar com os jornalistas. Na tarde de ontem, Levy esteve com a presidente Dilma Rousseff para a reunião da Junta Orçamentária, da qual participaram também os ministros da Casa Civil, Jaques Wagner, e do Planejamento, Orçamento e Gestão, Nelson Barbosa.
Encontro
O encontro, ocorrido no Palácio da Alvorada, durou cerca de três horas. Mais cedo, um membro do primeiro escalão do governo também havia negado que o ministro da Fazenda tenha pedido um encontro reservado com Dilma Rousseff para entregar a carta de demissão.
Rumores
Durante todo o dia de ontem, circularam na imprensa nacional rumores de uma possível demissão do ministro Joaquim Levy. Um veículo chegou a noticiar que o ministro teria, inclusive, preparado sua carta de demissão. O motivo, segundo especularam, seria um descontentamento com declarações feitas pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na última quinta-feira, Lula jantou com a presidente Dilma Rousseff e pediu mudanças na política econômica para sair da crise, defendeu o afrouxamento do ajuste fiscal e voltou a dizer que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, tem "prazo de validade". Levy e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, são alvos constantes do ex-presidente. O Diretório Nacional do PT vai se reunir no próximo dia 29, em Brasília, e cobrará, mais uma vez, a substituição do ministro da Fazenda, além de um "novo eixo" para a política econômica, com crescimento e distribuição de renda. Na avaliação de Lula, não adianta o PT brigar para derrubar o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), se o governo não arrumar sua base parlamentar de apoio no Congresso e promover mudanças na economia.
'Perto de zero'
Os rumores que circularam ontem sobre a possível saída de Joaquim Levy do governo não foram os primeiros. Há vários meses, circulam no mercado boatos sobre a demissão do ministro. No entanto, o governo tem desmentido as especulações e, para alguns analistas, as chances de saída são pequenas.
Essa é a opinião do diretor executivo do Fundo Monetário Internacional (FMI), Otaviano Canuto. Nesta semana, ele comentou que acredita ser "próxima de zero a probabilidade" de saída do ministro Joaquim Levy da Fazenda. "Ele não está fazendo um trabalho temporário. Não acredito nisso", ponderou.
Dificuldades
Ele ressaltou que é "muito difícil" o trabalho do ministro em um contexto de economia em recessão e com necessidade de realizar ajuste fiscal. Canuto disse que, mesmo que ocorresse uma mudança de governo com substituição de Joaquim Levy, seu sucessor "terá que assumir o mesmo caroço (nas contas públicas) que está aí".

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