quinta-feira, 8 de outubro de 2015

EM QUATRO SEGMENTOS

Na crise, consumo vai girar R$ 8 bi na Capital

O segmento com maior expressão nos gastos do fortalezense é o da alimentação fora de casa, com R$ 3,1 bilhões

00:00 · 08.10.2015 por Carol Kossling - Repórter
Gastos são com alimentação fora de casa, roupas, higiene e eletrodomésticos ( FOTO: JULIANA VASQUEZ )
"A classe C é disparado o melhor mercado consumidor em Fortaleza", enfatiza Renato Meirelles, presidente do Data Popular ( FOTO: FERNANDA SIEBRA )
Clique na imagem para ampliar
Mesmo em cenário de crise, em 2015, são previstos gastos da ordem de R$ 8 bilhões pelos fortalezenses em somente quatro setores do comércio e serviços, de acordo com a pesquisa realizada pelo Instituto Data Popular e apresentada durante a 4ª Edição do Brasilshop, realizado ontem, em Fortaleza, pela Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop).
O segmento com maior expressão é o da alimentação fora de casa, com R$ 3,1 bilhões em consumo. Na sequência, estão os gastos com roupas, com R$ 2 bilhões; produtos de higiene e beleza, com R$ 1,6 bilhão; e eletrodomésticos e produtos eletrônicos com R$ 1,3 bilhão.
Força da classe C
Em todos os setores, é disparada a participação da classe C em relação às demais , A, B e DE. Tanto na alimentação fora de casa como em gastos com roupas, a classe C representa 60% do montante. Esse indicador sobe para 61% quando o setor é de higiene e beleza, e para 66%, nas compras de eletrodomésticos e produtos eletrônicos. "A classe C é disparada o melhor mercado consumidor em Fortaleza", diz Renato Meirelles, presidente do Data Popular.
Perfil diferenciado
Essa camada social se desenvolveu mais no Nordeste do que nas outras regiões do País. E em Fortaleza teve um crescimento muito grande, além de mudança no perfil. Atualmente, 58% dos lares da capital cearense pertencem à classe média; 36%a classe DE; 3% são da B e 2% da A.
Hoje a classe C é liderada por jovens que estudaram mais que os pais (74%), acima da média nacional que é 71%, são mais conectados e respondem como formadores de opinião.
As mulheres também lideram, principalmente as que foram para o mercado de trabalho formal ou se tornaram empreendedoras. Hoje de cada R$ 10 da maioria dos produtos que se compra em shopping R$ 6 são da classe C. "Na prática não se pode pensar em crescimento de negócios sem falar com esse cliente", orienta Meirelles. Os consumidores locais são ávidos por novidades, mas não tem muito dinheiro para gastar e experimentar e seguem indicações de conhecidos.
Percepção

Nenhum comentário:

Postar um comentário