CONSUMO CONSCIENTE
Redução do uso de água é de 3,6%
Conforme secretário, evitar desperdícios é necessário para que não exista racionamento na Capital até 2016
00:00 · 15.10.2015 por Luana Lima/Ranniery Melo - Repórteres
Os resultados dos quatro anos consecutivos de seca no Ceará são devastadores. Para agravar a situação, o El Niño - fenômeno que tem capacidade de interferir na qualidade da estação chuvosa do Estado -, tem 97% de chance de permanecer. Significa que além do quinto ano consecutivo de seca, ao que tudo indica, será uma estiagem mais severa, similar à que ocorreu em 1998, quando o fenômeno apresentava a mesma intensidade.
Mesmo sendo a maior consumidora de água do Estado no uso doméstico - dos 155 milhões de metros cúbicos fornecidos de janeiro a setembro deste ano nos 151 municípios nos quais a Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) opera, 51,6% foram em Fortaleza (80 milhões de metros cúbicos) -, a redução do uso de água na Capital foi de apenas 3,6% em relação ao igual período de 2014, quando foram 83 milhões de metros cúbicos.
O titular da Secretaria de Recursos Hídricos (SRH), Francisco Teixeira, é enfático ao afirmar que a ordem é economizar. Para reduzir os efeitos da estiagem e protelar a oferta de água, o Estado vem tomando algumas medidas. Entre elas, a divulgação de campanhas em veículos de comunicação. Em "Cada gota conta", o Governo chama a atenção para o uso consciente de água e para a necessidade de cada um ajudar, evitando o desperdício no dia a dia.
Se cada um tiver uso consciente de água, Teixeira diz que Fortaleza tem condições de chegar até setembro do ano que vem sem racionamento. "Estamos em um momento de escassez, mas, se souber usar bem a água, a gente pode chegar até o ano que vem", salienta.
Já a Cagece criou um hotsite para intensificar o combate ao desperdício. A campanha "Água: trate com carinho. Cada um de nós pode ajudar evitando o desperdício", lançada em 19 de junho deste ano, tem como objetivo reforçar práticas contra o desperdício de água e conta com orientações à população a fim de que as pessoas saibam identificar problemas em casa, no trabalho e nas ruas, denunciando vazamentos e fraudes.
"As pessoas vêm mudando alguns hábitos, reduzindo o tempo de banho, observando se tem vazamento, mas ainda pode-se fazer mais. A gente estimula esse uso consciente", salienta Cláudia Caixeta, diretora de mercado da Cagece. De um modo geral, a gestora afirma que pode-se observar essa redução. Enquanto em 2013 a média era de 117 litros de água diários por habitantes, neste ano reduziu para 113, informa ela.
Colaboração
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