CENÁRIO DE CRISE
Condomínio: pagamento em atraso sobe para 25%
Na avaliação de especialistas, a situação é preocupante, uma vez que contribui para o desequilíbrio financeiro
00:00 · 01.10.2015
A inadimplência nos condomínios de Fortaleza e Região Metropolitana está crescendo consideravelmente em 2015, situação puxada pela crise econômica que afeta o Brasil. Em comparação ao resultado do ano passado, os pagamentos em atraso aumentaram de 20% a 25% e estão sendo observados até mesmo nos imóveis onde as contas eram pagas em dia.
De acordo com sócio-diretor do Grupo Gestart - Soluções para Condomínios, Raphael Mota, a situação é preocupante, pois a inadimplência é um dos causadores do desequilíbrio financeiro nos condomínios. "Como os cálculos de previsão orçamentária são baseados no rateio entre os apartamentos, quando um percentual superior ao de 5% deixa de pagar, já pode comprometer a situação financeira do condomínio", afirma.
Ele aponta alguns fatores que estão contribuindo com a inadimplência, entre os quais estão as maiores despesas mensais com materiais, contratos e serviços. Em função do atraso do pagamento dos moradores dos condomínios, diversos condomínios reduzem gastos com alguns contratos com cobertura 24 horas, que traz maior segurança e agilidade no atendimento em caso de emergência.
Até mesmo melhorias e reformas previstas para os prédios estão sendo adiadas devido à inadimplência, sendo realizados apenas serviços essenciais e de emergência.
"Está ocorrendo, sim, a suspensão ou adiamento de reformas, benfeitorias e equipagens de espaços destinados ao lazer e a convivência entre condôminos, pois esses investimentos podem ficar em segundo plano frente às obras emergenciais como recuperação de fachadas e infiltrações", acrescenta.
Energia
O reajuste dos custos com as concessionárias públicas teve um grande impacto na previsão orçamentária dos condomínios, com destaque para o custo com energia, que teve um reajuste de, aproximadamente, 45% apenas neste ano. O percentual de aumento na taxa de condomínio é variável de acordo com o tamanho, quantidade de apartamentos e porte do condomínio, mas, em média, constata-se um reajuste de 15 a 20%.
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