domingo, 6 de setembro de 2015

GOVERNO

Para Mercadante, o governo Dilma "foi além do que podia na política anticíclica"

O ministro-chefe da Casa Civil defende a necessidade de tempo e o aumento de impostos para reverter a crise

09:34 · 06.09.2015 / atualizado às 09:36
Em entrevista à Folha, o ministro Aloizio Mercadante fala sobre crise, orçamento 2016 e desafios da atual gestão do governo ( O Globo )
Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, o ministro-chefe da casa civil, Aloizio Mercandante reconheceu que o governo necessita de tempo para resolver a atual crise econômica e política pela qual passa e que a administração de Dilma Rousseff "foi além do que podia na política anticíclica".
 
Na mesma publicação, Mercandante ainda defende o ministro da Fazenda, Joaquim Levy: "O mercado teme a queda de Joaquim Levy. A presidente deixou claro que o Joaquim faz parte do time, tem dado imensa contribuição. Ele tem uma virtude que acho muito importante: cuida das finanças com o mesmo rigor com que cuida de suas filhas". Já em relação ao vice-presidente Michel Temer, Mercadante classificou como "fora de contexto" a afirmação de Temer sobre o risco de a gestão atual não resistir até 2018.
 
Sobre as medidas que devem ser tomadas para reverter a projeção de deficit para o Orçamento 2016, o ministro afirmou que é preciso que os impostos aumentem "provisoriamente". 
 
Segundo ele, são três os agravantes do clima de instabilidade nacional: a crise histórica de 2009, que teria afetado os países emergentes apenas no segundo semestre de 2014; a seca, que tem impactado a oferta de água e de energia no País e o combate à corrupção, em escândalos como o da Lava Jato.
 
Em relação à influência do governo frente à crise, o ministro foi direto: "Evidente que tem responsabilidade. Acho que poucos se deram conta da velocidade da queda das commodities no fim do segundo semestre de 2014. Estávamos em intensa campanha, debatendo, viajando, e, quando chegou no fim da campanha, o mundo era outro. Isso impactou muito as finanças públicas. Fomos além do que podíamos na política anticíclica, na desoneração de impostos, no esforço de manter os investimentos, de manter os gastos."

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