“Todo mundo tem direito a viver, mas desse jeito ela não vai aguentar”. O lamento é de Maciana Ribeiro de Souza, cuidadora da irmã, Eliana Ribeiro de Souza, 28, paciente há quatro dias no hospital de Quixeramobim, onde está em coma após cirurgia, aguardando vaga para um leito de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI).
A preocupação de Maciana se dá pela demora, sem previsão, para conseguir a vaga disputada por outros 120 enfermos na fila do Estado do Ceará, conforme a informaram.
Segundo a irmã, Eliana está doente há cerca de 15 dias e o quadro se agravou na última sexta-feira, 28, quando foi levada do município de Pedra Branca, a 261 km de Fortaleza, até Quixeramobim. Lá, a paciente passou por cirurgia depois de uma necrose intestinal, e Maciana foi informada de que Eliana necessitaria ser hospitalizada em UTI. Desde então, a preocupação com a espera disputa com a dor de ver a irmã em estado grave, sem assistência.
Em maio deste ano, a Justiça do Ceará determinou a criação de 150 novos leitos de UTI no Estado. A meta estabelece a criação de pelo menos 35 leitos por ano, a serem incluídos nos planos governamentais Federal, Estadual e Municipais (de Fortaleza e Caucaia).
O POVO Online entrou em contato com a Secretaria de Saúde do Estado (Sesa) por volta das 20h30min desta segunda-feira, 30, mas foi informado que, por conta do horário, não seria possível disponibilizar os dados de UTI's e pacientes em espera no Ceará. A secretaria afirma que na manhã desta terça-feira, 1º, as informações serão repassadas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário