quinta-feira, 6 de agosto de 2015

O atual procurador-geral da República, Rodrigo Janot, foi o mais votado ontem pelos colegas dele de Ministério Público para permanecer no comando do órgão por mais dois anos.

A eleição representou uma demonstração de força de Janot, criticado por congressistas devido aos desdobramentos das investigações contra políticos suspeitos de envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras.

Janot teve 799 votos, 288 a mais do que na eleição de 2013, que lhe garantiu a indicação do Planalto ao cargo. mNa época, ele encabeçou a lista de preferência da categoria com uma diferença de apenas 57 votos em relação à subprocuradora Ela Wiecko, segunda colocada.

Janot ficou à frente dos subprocuradores Mário Bonsaglia (462) e Raquel Dodge (402) . Mais crítico entre os rivais do atual procurador-geral, o subprocurador Carlos Frederico (217), que chamou de “midiática” a condução da Lava Jato, ficou fora da lista tríplice elaborada pela categoria. Ao todo, 983 (79%) procuradores votaram –cada um pode escolher três nomes.

A lista será encaminhada nos próximos dias à presidente Dilma Rousseff, que indicará ao Congresso um nome para o cargo. Ela não é obrigada a acolher um dos procuradores sugeridos pela categoria, mas esta é a tradição desde o governo Lula. A expectativa é que Dilma opte pela recondução de Janot.

O indicado pelo Planalto terá ainda que passar por sabatina na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado. Se aprovado, segue para votação secreta no plenário, onde precisará do aval de ao menos 41 dos 81 senadores. Dos 27 membros titulares da CCJ, oito são investigados por suspeita de envolvimento nos desvios da Petrobras.

Nenhum comentário:

Postar um comentário