sábado, 8 de agosto de 2015

Legitimidade do voto é defendida por Dilma

Presidente disse que respeita a democracia e prometeu honrar o voto que recebeu da população

00:00 · 08.08.2015 / atualizado às 23:59 · 07.08.2015
Ao longo desta semana, a presidente e o vice têm cobrado aos congressistas compromisso com a estabilidade política ( FOTO: REUTERS )
Boa Vista. Ao final de uma semana em que o Palácio do Planalto só colheu más notícias, a presidente Dilma Rousseff (PT) aproveitou a plateia que a esperava em mais uma cerimônia de entrega de casas do programa Minha Casa, Minha Vida, em Boa Vista (RR), ontem, para defender o governo, o mandato e pedir ao Congresso respeito à democracia. No discurso mais duro desde que passou a ser acossada com a possibilidade do impeachment, a petista declarou que "ninguém vai tirar essa legitimidade que o voto me deu".
Em mais um esforço para tentar abrandar a crise política, Dilma convocou senadores e líderes da base aliada do Senado para um jantar na segunda-feira, 10. No encontro no Palácio da Alvorada, a presidente buscará defender o papel da Casa na construção de uma agenda de governabilidade.
"Este País é uma democracia. E uma democracia respeita, sobretudo, a eleição direta pelo voto popular. Eu respeito a democracia do meu País. Eu sei o que é viver numa ditadura. Por isso eu respeito a democracia e o voto. Podem ter certeza que, além de respeitar, eu honrarei o voto que me deram", afirmou.
"A primeira característica de quem honra o voto que lhe deram é saber que é ele a fonte da minha legitimidade, e ninguém vai tirar essa legitimidade que o voto me deu".
A presidente falou por cerca de 25 minutos sobre as casas que estavam sendo entregues, citou projetos caros a seu governo, como o Mais Médicos e o Pronatec, e anunciou a data do lançamento da terceira fase do Minha Casa, Minha Vida, para 10 de setembro. Apenas no final da fala, ela começou uma defesa veemente do governo e do mandato. Em um recado claro ao Congresso e à oposição, cobrou compromisso com a estabilidade política e respeito à democracia.
"Nós temos de nos dedicar à estabilidade institucional, econômica, política e social do País. Eu sei que têm brasileiros que estão sofrendo. Por isso é que eu me comprometo a trabalhar diuturnamente. Isso é minha obrigação, é meu dever. Mas, além disso, eu me comprometo também a contribuir e a me esforçar pela estabilidade", disse.
"O País tem uma democracia. Nós devemos respeito entre os poderes. Eu me disponho a trabalhar também incansavelmente para assegurar a estabilidade política do nosso País. Eu me dedicarei com grande empenho a isso nos próximos meses e anos do meu mandato".

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