INTERIOR E CAPITAL
Servidores do Judiciário param a partir do início de setembro
A Associação Cearense dos Magistrados entende que a greve vai trazer consequências danosas à sociedade
00:00 · 27.08.2015 por Honório Barbosa - Colaborador
Iguatu. Está previsto para o próximo dia 1º o início da greve dos servidores do Judiciário estadual. Os coordenadores do movimento esperam uma adesão elevada na Região Metropolitana de Fortaleza e no Interior. A paralisação ocorre em um momento de crise econômica enfrentada pelos estados e divide opiniões. O Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) anunciou o corte de ponto dos grevistas. O clima é de acirramento.
A principal reivindicação refere-se à adequação de jornada de trabalho a partir da implantação de sete horas corridas, pagamento de ascensões funcionais, extensão de gratificações e a participação efetiva de servidores em todas as comissões que discutam direitos e deveres da categoria.
De acordo com o Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Ceará (SindJustiça) na próxima terça-feira, dia 1º, haverá concentração de grevistas defronte à rampa principal de acesso ao Fórum de Justiça Clóvis Beviláqua, em Fortaleza. Os diretores do SindJustiça visitam comarcas do Interior para divulgar e obter a adesão de servidores.
No primeiro dia de paralisação, está prevista a vinda de representações de sindicatos da categoria de Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, Rio Grande do Norte, Paraíba e Sergipe. "São lideranças que vêm nos apoiar e prestar solidariedade", explicou a secretária da Coordenadoria Geral do SindJustiça, Dalice Brito. "Infelizmente, nenhuma das reivindicações foram atendidas e não restou outro caminho a não ser entrar em greve".
Em maio passado, nos dias 20 e 21, os servidores paralisaram atividades e voltaram a cobrar atendimento das reivindicações. Em julho, teria ocorrido um acordo verbal entre a presidência do Tribunal e o sindicato sobre a adequação da jornada de trabalho para o mês de outubro próximo e as pautas econômicas seriam renegociadas a partir de fevereiro de 2016. "A presidência recuou e o Tribunal passou a negar todas as pautas", observou Dalice Brito. "A falta de perspectiva de negociação foi a gota d'água para a greve".
Levantamento apresentado pelo SindJustiça mostrou que a maioria dos servidores optou por horário único de trabalho, de sete horas. No último dia 11, assembleia geral da categoria realizada no 1º Salão do Júri no Fórum Clóvis Beviláqua decidiu pela greve.
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