quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Acabou por volta das 22 horas a nova rodada de depoimentos sobre o duplo homicídio de Adriana Moura de Pessoa Carvalho e a filha de oito meses, Jade, ocorrido no último domingo, 23, em Paracuru. Os últimos que saíram da sala foram Marcelo Barbarena Morais, 37, réu confesso do crime, e a mãe dele, Magali Barbarena, muito abalada.
As testemunhas foram ouvidas desde as 15h45min de ontem, pela diretora da Divisão de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), Socorro Portela. Prestaram esclarecimentos, além do acusado, o irmão dele e a cunhada, que estavam presentes no dia do crime, e mais outras duas pessoas, que trabalhavam na residência da família. 
“Eles chegaram a ficar juntos na sala, mas não houve necessidade de acareação. O Marcelo falou na frente do irmão que matou a mulher e os dois ficaram emocionados. Ele (Marcelo) gritou muito” afirmou a delegada.
De acordo com Socorro Portela, os depoimentos serviram para traçar o perfil psicológico do marido, como era a rotina do casal, além de esclarecer divergências dos testemunhos iniciais da família e do acusado.
A mãe disse que ele era uma criança tranquila, não se envolvia em brigas. Marcelo não confessou ter ciúmes do bebê, porém a babá levantou a possibilidade. 
“Às vezes ele queria sair com a Adriana, mas não podia por causa do bebê”, contou à delegada. A funcionária disse ainda que o patrão era educado, mas notava brigas entre o casal há cerca de três meses. 

ChoroEnquanto Marcelo estava na sala prestando depoimento junto com o irmão, foram ouvidos gritos de choro. Todos falaram com a diretora da DHPP mais de uma vez.

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