quinta-feira, 30 de abril de 2015

PARA PARLAMENTARES

Desenvolvimento do CE deve ser repensado

30.04.2015

Deputados alegam que O Estado deve priorizar a educação e novas estratégias de desenvolvimento

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O deputado Carlos Matos (PSDB) defende que o Estado deve investir em educação de qualidade e fomento de atividades econômicas no Interior
FOTO: ÉRIKA FONSECA
Diante da possibilidade cada vez mais remota da instalação da Refinaria Premium II no Ceará, deputados da Assembleia Legislativa defendem uma agenda de desenvolvimento positivo para o Estado nos próximos anos. Segundo eles, o Governo deveria investir mais em tecnologia da informação e em energias renováveis em vez de apostar na chamada indústria de base.
Segundo o deputado Carlos Matos (PSDB), o primeiro passo para que essa mudança ocorra é o investimento em educação de qualidade, para em um segundo momento apresentar estratégias que possam fomentar atividades econômicas no Interior, assim como investir em novas atividades emergentes. "Precisamos investir em atividades de produção de fitoterápicos, energia alternativas, que inclusive já fomos o primeiro, e em tecnologia da informação", defendeu.
Para o tucano, é crucial o investimento em políticas para o desenvolvimento de novos setores para que haja fortalecimento do conhecimento em serviços. "Alguns negócios incipientes apontam para o futuro, a despeito da falta de políticas no Estado. Precisamos fazer com que os jovens criem, como acontece em países como Alemanha e Israel".
O deputado informou que já participou de programa em que estudantes da Universidade Federal do Ceará (UFC) e do Instituto de Tecnologia da Aeronáutica (ITA) trabalhavam na criação de projetos para o Estado. Ele defendeu que isso seja ampliado com políticas públicas para que não se limite apenas a essas instituições. "A política de desenvolvimento do Ceará é ultrapassada e não reduz a pobreza e nem atinge a redução das desigualdades sociais", afirmou.
O deputado Renato Roseno (PSOL) argumenta que a agenda de desenvolvimento do Estado não se altera há mais de 30 anos, pois centraliza investimentos da indústria de base e infraestrutura. Para ele, é mais importante que os ativos locais sejam valorizados, sendo necessários investimentos em tecnologia da informação, desenvolvimento científico e tecnológico. "O que falta são planejamentos estratégicos e por isso estamos recebendo indústria suja mediante forte renúncia fiscal", criticou.
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