quinta-feira, 30 de abril de 2015

NOVA ETAPA

CSP terá empréstimo de US$ 3 bi; parte do BNDES

30.04.2015

Do montante, R$ 2,3 bilhões, o equivalente a cerca de US$ 800 milhões, serão advindos do BNDES

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O empreendimento está situado numa área de 980 hectares (ou quase mil quarteirões) e terá 571 hectares de área construída. A expectativa é que seja responsável pela geração de 3,2 mil empregos diretos
A Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) assinou um contrato, nesta semana, junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e às agências coreanas KExim e KSure, para o financiamento de US$ 3 bilhões (cerca de R$ 8,7 bilhões na atual cotação), que serão utilizados para garantir a finalização da construção e o início das operações do empreendimento. Do total financiado, US$ 2,1 bilhões serão liberados pelas agências coreanas, enquanto caberá ao BNDES financiar R$ 2,3 bilhões. O contrato é de longo prazo, totalizando 12 anos.
Conforme explica o diretor financeiro da CSP, Alexandre Bernstein, os recursos obtidos através do BNDES se destinarão a ações de caráter local, como os gastos ligados à construção em si do empreendimento. Já os US$ 2,1 bilhões oriundos das instituições coreanas se destinarão a iniciativas não locais, a exemplo da aquisição de equipamentos importados. "Esse financiamento demonstra a confiança que existe no projeto da CSP. O projeto passou por várias avaliações", destaca o diretor.
Investimentos
Desde o início da instalação da siderúrgica, há cerca de quatro anos, os acionistas já aplicaram no projeto US$ 2,1 bilhões, em recursos próprios. Desse montante, a Vale - uma das sócias do empreendimento - investiu pelo menos US$ 1 bilhão desde 2011. Em 2015, a mineradora brasileira planeja destinar US$ 185 milhões ao projeto - uma pequena parte de seu orçamento anual de US$ 10 bilhões.
Além da Vale, são sócias da CSP as sul-coreanas Dongkuk e Posco, que possuem, respectivamente, 30% e 20% de participação na usina. Já a Vale concentra sozinha os 50% restantes da participação.
Em um cenário de derrocada dos preços do minério de ferro, a Vale tem frisado o foco no aumento da produção e da qualidade da commodity, seu carro-chefe, concentrando esforços na conclusão dos projetos S11D, em Carajás, e Itabiritos, nos Sistemas Sul e Sudeste.
A siderúrgica terá capacidade para produzir 3 milhões de toneladas de placas de aço por ano. A viabilidade da usina em um momento de preços deprimidos e demanda fraca está calcada em contratos firmes de 15 anos com os próprios sócios.
Produção

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