terça-feira, 21 de abril de 2015

LAVA-JATO

Investigação de gestores deve durar até 6 meses

21.04.2015

Procuradoria-geral investiga participação de governadores do Acre e do Rio em desvios na Petrobras

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Pezão (PMDB) e Tião Viana (PT) poderão ser julgados por suposto envolvimento na Operação Lava-Jato
FOTOS: TOMAZ SILVA/ ABR E GLEILSON MIRANDA/GOVERNO DO ACRE
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Brasília. Na avaliação da vice-procuradora-geral da República, Ela Wiecko, a procuradoria decidirá em até seis meses pelo arquivamento ou pela abertura de ação penal contra os governadores do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB) e do Acre, Tião Viana (PT), investigados no Superior Tribunal de Justiça (STJ) por suposto envolvimento na Operação Lava-Jato. "Eu acho que mais de seis meses é demais. Nesse horizonte de seis meses haverá uma manifestação de mérito", disse a vice-procuradora.
Em meados de março, a vice-procuradora, que é a responsável pela condução das investigações de autoridades no STJ, pediu abertura de dois inquéritos para investigar o suposto envolvimento de Pezão e Viana no esquema de corrupção da Petrobras, além de suspeitas contra o ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB) e o ex-secretário de Cabral Regis Fichtner.
O governador do Acre é investigado pelo suposto recebimento de R$ 300 mil em propina da Petrobras como auxílio para campanha ao governo. A solicitação do dinheiro teria sido feita ao doleiro Alberto Youssef e autorizada pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa.
Já Pezão é investigado no mesmo inquérito em que Cabral e Fichtner, ex-chefe da Casa Civil do Rio, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Segundo a PGR, Cabral e Pezão agiram juntos, com a contribuição de Fichtner, para receber R$ 30 milhões de empresas contratadas pela estatal para a construção do Comperj. O dinheiro teria sido usado na campanha de Cabral e Pezão aos cargos de governador e vice, respectivamente, do Estado do Rio de Janeiro, em 2010.
Novos esclarecimentos
Wiecko explicou que os governadores já apresentaram esclarecimentos por escrito, mas não descarta a possibilidade de que eles prestem novos esclarecimentos. Serão encaminhados nesta semana novos pedidos de diligências ao ministro Luis Felipe Salomão, relator da Operação Lava-Jato no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

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