FOMENTO DO NORDESTE
BNB aplicará R$ 27,2 bi neste ano; lucro de 747,4 mi em 2014
24.02.2015
Para atingir essa meta, além do FNE, o Banco projeta parcerias com o BNDES, com entidades de classes e PPPs
A redução de incentivos fiscais, a elevação das taxas de juros e o arrocho ao crédito anunciados pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, já começaram a interferir na política creditícia do Banco do Nordeste (BNB), o que tem levado a atual diretoria a traçar novas metas e estratégias de captação de recursos, incluindo o BNDES e até parcerias público privadas (PPPs). Em 2015, o BNB prevê aplicar nos vários segmentos produtivos da Região, R$ 27,2 bilhões, montante 7,3% maior do que os R$ 25,344 bilhões, investidos em 2014.
A nova meta de financiamento foi anunciada no fim da tarde de ontem, pelo presidente do BNB, Nelson Antônio de Souza, segundo quem, R$ 15 bilhões, o equivalente a 55%, serão oriundos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE). O restante dos recursos advirão das operações de crédito próprias do Banco e uma pequena parcela, inicialmente, de R$ 150 milhões, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a quem o BNB irá se integrar para passar a operacionalizar, também, o cartão BNDES.
Crescimento histórico
Apesar de ter sido um ano de estagnação econômica, com expansão zero ou perto de zero da economia brasileira, 2014 foi de crescimento histórico para o Banco do Nordeste (BNB), que registrou lucro líquido de R$ 747,4 milhões, montante 107% superior aos R$ 360 milhões de lucratividade em 2013. O resultado operacional de 2014 foi de R$ 1,13 bilhão, alta de 105%, sobre o ano anterior.
Com esses resultados, a rentabilidade do Patrimônio Líquido médio do Banco saltou de 14%, em 2013, para 23,2%, totalizando em 2014, R$ 3,36 bilhões, o que assegurou à instituição fechar o ano com índice de Basileia de 16,11%, bem acima dos 11% exigidos, pelo acordo.
Os números constam no balanço financeiro do BNB, divulgados ontem, pelo presidente Nelson Antônio de Souza. Segundo ele, a performance do Banco no ano passado é resultado do aumento de 9,3% no montante financiado, que saltou de R$ 23,189 bilhões em 2013, para R$ 25,344 bilhões, através de 4,71 bilhões de operações de crédito. Desse total, o setor de comércio e serviços recebeu R$ 13,4 bilhões em empréstimos e financiamentos; a indústria R$ 6,7 bilhões e os empreendimentos rurais R$ 5,3 bilhões.
Conforme Souza, contribuíram para os resultados de 2014 à melhora no perfil da carteira de crédito, com redução de R$ 408 milhões na constituição de provisões para créditos de liquidação; o aumento das taxas de juros, que ampliação as margens de lucro; a melhoria na gestão operacional, que viabilizou R$ 1,8 bilhão em receitas de geração de serviços e menor inadimplência. Além do quê, em 2014, o Banco recuperou R$ 2,411 bilhões em créditos inadimplidos.
"Isso fez até com que o patrimônio líquido aumentasse e melhorou o ativo", comemorou o presidente do BNB, lembrando ainda, do aumento da capilaridade de atuação do Banco, que conta agora 289 agências. "Só em 2014, foram abertas 64 agências, em 2015 serão 332", disse.
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