quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

DEPUTADO CEARENSE

Guimarães é novo líder do governo na Câmara

04.02.2015

Eleição de Eduardo Cunha causa mudança na articulação política. Sai Fontana (PT-RS) e entra Guimarães (PT-CE)

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Sob pressão do campo majoritário do PT e ciente que o quadro de isolamento de seus aliados no Legislativo era crítico, o governo fez a substituição
FOTO: AG. CÂMARA
Brasília A derrota do Palácio do Planalto na eleição, ainda em primeiro turno, de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para a presidência da Câmara causou ontem a primeira baixa na articulação política do governo.
Sob pressão do campo majoritário do PT e ciente que o quadro de isolamento de seus aliados no Legislativo era crítico, à presidente Dilma Rousseff substituiu o deputado Henrique Fontana (PT-RS) da liderança do governo na Câmara e escalou para o posto o também petista José Guimarães (CE).
A avaliação no Planalto é de que a situação de Fontana não tinha como permanecer no cargo, uma vez que ele fora barrado pelo próprio Cunha.
Durante a campanha, o peemedebista chamou o petista de "fraco" e "desagregador" e anunciou que nem ele nem o PMDB o reconhecia mais como interlocutor do governo.
Mais pragmático e do campo majoritário do PT, o mesmo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Guimarães foi escalado para tentar uma reaproximação com Cunha, considerado um desafeto de Dilma. Na manhã de ontem, ele procurou o novo presidente em seu gabinete e, logo após ser confirmado na liderança, teve uma nova reunião com ele. Reconhecendo que o PT foi "derrotado" na eleição, Guimarães disse que vai trabalhar para "recompor as pontes" e a base. "Para mim a eleição da Câmara é uma página virada", disse.
Ele também negou que Cunha esteja sinalizando com uma pauta de "oposição" ao colocar como prioridades temas rejeitados pelo PT, como uma proposta de reforma política que não elimina o financiamento empresarial e o chamado Orçamento Impositivo. "O presidente Eduardo Cunha fez sinalizações muito positivas sobre o seu papel. Ele disse que a partir de agora é presidente do Parlamento e que a relação do PMDB com o governo é o PMDB que trata", afirmou.
Já no dia seguinte à vitória de Cunha a bancada do PT deflagrou um movimento para pedir uma reformulação total da articulação política do governo.
Reforma política
Na inauguração dos trabalhos legislativos de 2015, o Plenário da Câmara dos Deputados aprovou a admissibilidade da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 352/13 sobre reforma política. A matéria deverá ser analisada por comissão especial a ser criada. A PEC foi elaborada pelo Grupo de Trabalho (GT) de Reforma Política, coordenado pelo ex-deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) no ano passado.
Ela prevê o voto facultativo, o fim da reeleição para presidente, governador e prefeitos e a coincidência das datas das eleições a cada quatro anos.
Pedido de CPI

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