CAMINHONEIROS
Manifestação paralisa trecho da BR-116 no CE
25.02.2015
Movimento nacional exige a redução do preço do combustível e pode afetar a distribuição de produtos
Os caminhoneiros cearenses também aderiram ao movimento nacional que pede a redução do preço do combustível, além do aumento do frete, valor recebido conforme a carga e a distância da viagem feita por eles. A ação aconteceu durante a tarde de ontem, na BR-116, nas proximidades do quilômetro 15, no município do Eusébio. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF) do Ceará, o engarrafamento atingiu, aproximadamente, três quilômetros de extensão, e os dois sentidos da via estavam interditados.
Exercendo a atividade há mais de 30 anos, o caminhoneiro Vicente Holanda foi um dos 50 a iniciarem a manifestação. "Estamos unindo forças com as outras regiões do Brasil. Queremos lutar pelos nossos direitos. Precisamos de mais ajuda do governo, eles subiram o diesel e diminuíram o valor do frete, assim se torna impossível trabalhar", reivindica.
O também caminhoneiro Carlos Nascimento já parou em três manifestações. "Vim de São Luís. De lá para cá, essa é a terceira vez que paro para apoiar o movimento. Só na BR-135, peguei duas, uma bem no começo e outra quase aqui. Deveria ter chegado em casa, mas estou parando para ajudar a promover nossos pedidos", conta.
Mais de 100 pessoas participaram do movimento. Cerca de 70 transportes de cargas estavam paralisando o tráfego no trecho da BR-116, nos dois sentidos. Os manifestantes só liberaram uma mão de cada via para carros, motos e pedestres, a PRF estava no local para auxiliar na condução do trânsito.
A greve só deve terminar quando o Governo Federal se manifestar. "Só vamos parar no momento que alguma autoridade vier conversar com a gente. Queremos um posicionamento", assegura Vicente Holanda.
A população que passava pela via aprovava os objetivos do movimento, fosse com gritos ou com sinais positivos. "Concordo demais com que eles estão fazendo. Afinal, se ninguém for atrás disso, as coisas só vão piorar. Não podemos é ficar parados", afirma o representante comercial Cláudio Nobre.
Prejuízos
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