MENSAGEM DE ANO NOVO
Papa pede um ano sem guerras
02.01.2015
Francisco dedicou seu discurso, pronunciado na Praça de São Pedro, à Jornada Internacional da Paz
Cidade do Vaticano O papa Francisco fez votos ontem, primeiro dia de 2015, para que o ano acabe com todas as guerras no mundo durante sua tradicional mensagem de Ano Novo.
Francisco dedicou seu discurso, pronunciados diante de milhares de fiéis sob o sol na Praça São Pedro, à Jornada Internacional da Paz. "Que acabem as guerras", pediu o papa argentino. "A paz sempre é possível, mas nós temos que buscá-la. Vamos rezar pela paz", acrescentou.
"A oração é origem da paz. Feliz Ano Novo a todos. Que seja um ano de paz na ternura do Senhor", desejou.
A mensagem de paz, após o violento ano de 2014, com recordes de mortes na Síria e no Iraque, também foi enfatizada em sua tradicional missa no interior da Basílica.
Primeira missa
O pontífice pediu às pessoas de todas as religiões e culturas para se unirem na luta contra a escravidão moderna e o tráfico humano, dizendo na sua primeira missa de 2015 que todos no mundo têm o direito dado por Deus de serem livres.
A celebração, que ocorreu na Basílica de São Pedro, marca o Dia Mundial da Paz da Igreja Católica Romana. O tema deste ano é "Não mais escravos, mas irmãos e irmãs".
"Todos nós somos chamados (por Deus) para sermos livres, todos somos chamados para sermos filhos e filhas, e cada um, de acordo com as suas responsabilidades, é chamado para combater as formas modernas de escravidão. Todas as pessoas, culturas e religiões, vamos juntar forças", disse o papa.
O papa Francisco fez da defesa de migrantes e trabalhadores uma questão central de seu papado. O segundo índice de escravidão global, divulgado em novembro pela organização australiana Walk Free Foundation, estimou que quase 36 milhões de pessoas no mundo vivem como escravos, são vítimas do tráfico para a prostituição, forçadas ao trabalho manual ou nasceram em regime de servidão.
Condenações
O pontífice condenou na quarta-feira (31), durante o último sermão de 2014, administradores públicos e criminosos de Roma que supostamente desviaram dinheiro público destinado originalmente para ajudar imigrantes pobres, dizendo que a cidade eterna precisa de uma "renovação moral e espiritual".
Francisco defendeu com veemência os direitos dos mais necessitados. Ele denunciou situações nas quais os pobres se viram forçados a se sentir como criminosos e "forçados a agir como mafiosos" para se defender.
Nenhum comentário:
Postar um comentário