quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

FORTALEZA

Venda de fogos cresce até 35% no fim de ano

31.12.2014

Para usar o artefato, é importante que o consumidor tome os devidos cuidados, inclusive na compra

A tradição do show pirotécnico é cada vez mais forte no Réveillon, intensificando a venda de fogos de artifício. Essa época do ano é uma das mais rentáveis para as casas de artefatos, já que a procura aumenta até 35% nos lucros, em Fortaleza.
É o que explica o técnico blaster Fábio Caramuru, especializado em explosivos e treinado para a realização de shows pirotécnicos em grandes eventos. Segundo ele, é imprescindível que o vendedor faça todas as recomendações necessárias para que o comprador do produto utilize-o com segurança. "Temos uma equipe de vendas treinada para orientar o cliente sobre como usar cada tipo de explosivo. Além das orientações básicas, recomendamos, também, que a pessoa que for acender o rojão leia as instruções contidas na embalagem".
Um fator de grande risco, segundo o técnico, é que muitas pessoas ainda adquirem fogos de artifícios de mercearias ou, até mesmo, através de vendas ambulantes. "É importante que a pessoa tenha a consciência de que só deve adquirir esse tipo de produto em casas especializadas e que tenham autorização para a comercialização".
Para que qualquer estabelecimento no setor possa funcionar de forma adequada, um dos documentos exigidos é o Certificado de Conformidade do Corpo de Bombeiros (CBMCE), documento este que deve ser renovado anualmente. A solicitação é feita na Coordenadoria de Atividades Técnicas (CAT) do Corpo de Bombeiros.
Um levantamento feito pelo Centro de Tratamento de Queimados do Instituto Doutor José Frota (IJF) mostra que os meses em que ocorrem mais acidentes por conta do uso de pólvora são dezembro e janeiro. Somente em janeiro deste ano, foram realizados 30 atendimentos envolvendo queimaduras com pólvora, o que representa o dobro de pacientes atendidos em igual período do ano anterior.
A utilização inadequada pode trazer uma série de riscos, como mutilações, deformações, intoxicações, queimaduras, traumas graves, fatos incapacitantes e até óbitos, bem como danos ao patrimônio por meio de incêndios, e danos ao meio ambiente.
Para que se possa evitar qualquer tipo de acidente, é preciso redobrar os cuidados ao manusear o artefato. Caso haja algum incidente grave, a vítima deverá ser levada à unidade de saúde mais próxima. Em Fortaleza, o Centro de Queimados do IJF é referência nesses casos.
Patrícia Holanda
Especial para Cidade

Nenhum comentário:

Postar um comentário