quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Ex-gerente de operações do Banco do Brasil de Acopiara condenado a 630 anos de prisão

Publicado em 04/12/2014 - 14:44 por | Comentar
Categorias: justiça                       
Agência do Banco do Brasil da cidade de Acopiara. Foto: Honório Barbosa
Agência do Banco do Brasil da cidade de Acopiara. Foto: Honório Barbosa
Acopiara. O juiz de Direito, David Fortuna da Mata, condenou três acusados de envolvimento em um golpe milionário que resultou no desvio de dinheiro de correntistas e poupadores (pessoas físicas e jurídicas) na agência do Banco do Brasil, nesta cidade, na região Centro-Sul do Ceará. O ex-gerente operacional, Cleone César Bezerra Piancó, foi condenado a 630 anos de reclusão; e o ex-gerente geral, Deusimar Alves Cavalcante, a 92 anos de prisão. A ex-funcionária da Prefeitura, Antônia Marlúcia Gonçalves de Lima, foi condenada a 106 anos de reclusão.
A sentença do magistrado foi concluída nesta quarta-feira, dia 3.  O golpe foi estimado em mais de R$ 3 milhões e foi descoberto depois de uma investigação da Polícia Civil com o apoio do Ministério Público de Acopiara e da Justiça. Os crimes contra os correntistas começaram a ser aplicados há pelo menos quatro anos. Em 2013, os ex-gerentes, Cleone Piancó e Deusimar Cavalcante foram presos.
De acordo com as investigações, foram 33 vítimas do golpe, dentre pessoas físicas e jurídicas. Na sentença, o juiz David Fortuna da Mata individualizou cada condenação. Cleone Piancó foi condenado a 630 anos e 29 dias de reclusão, além de 19.181 dias-multa. O réu foi apenado por prática de crimes de peculato, apropriação, falsificação de documentos particulares e públicos e lavagem de capitais.
Segundo a decisão judicial, Piancó deve permanecer preso em regime fechado. Na sentença, o juiz demonstra que os crimes foram premeditados, houve abuso de confiança, as vítimas não concorreram para a prática delituosa e houve efetivo dano à imagem do Banco do Brasil. Cleone teria manipulado de forma fraudulenta diversas contas bancárias, realizando transferências, saques e contraindo empréstimos, sem autorização das vítimas.

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