US$ 380 MILHÕES
Itataia: Galvani buscará novo contrato de financiamento
19.11.2014
O acordo anterior, firmado com o Banco do Nordeste, expirou e não será mais retomado nos mesmos moldes
A Galvani, empresa privada que faz parte do Consórcio Santa Quitéria, que explorará a mina de urânio e fosfato de Itataia, terá que fazer um novo contrato de financiamento para o empreendimento. O documento anterior, firmado com o Banco do Nordeste (BNB), ainda em 2009, e renovado por duas vezes, expirou e não será mais retomado nos mesmos moldes. A empresa ainda não definiu se solicitará um novo empréstimo à mesma instituição financeira ou buscará novas fontes.
"O contrato inicial expirava em 2011 e tivemos uma renovação até o ano passado. Posteriormente, renovamos até 2014, e, há algumas semanas, foi decidido que, nos moldes contratuais existentes, o documento terá uma interrupção e só será retomado com o amadurecimento do projeto de Santa Quitéria", explicou o gerente corporativo de Suprimento e Inteligência de Mercado da Galvani, Ronaldo Galvani Júnior.
Esse amadurecimento, explica, já está próximo. O Ibama, responsável pelo licenciamento ambiental do empreendimento, inicia amanhã (20), a etapa de audiências públicas com a comunidade local para apresentar o projeto e colher contribuições. O processo é pré-requisito para que seja emitida a Licença Prévia (LP) do complexo mínero industrial a ser instalado, documento que, segundo Galvani Júnior, é esperado para o início de 2015.
"Já com a LP em mãos, será mais adequado para nós buscarmos linhas de financiamento. Pode ser pelo BNB, pelo BNDES ou mesmo alternativas dentro da própria casa, da empresa", informa o gerente, acrescentando que o grupo ainda não definiu que percentual do valor das obras deverá ser solicitado em crédito. Mesmo após revisões no projeto, com a definição da rota tecnológica que será usada na usina para separação do urânio do fosfato, ele afirma que o valor previsto do empreendimento continua o mesmo, orçado em US$ 380 milhões.
Exploração
A Galvani fechou o consórcio com as Indústrias Nucleares do Brasil (INB), ligada ao governo federal, para a exploração da mina de Itataia em 2009. A empresa privada é que será responsável pela instalação do complexo, que será constituído por uma mina e duas unidades industriais: uma para o processamento do fosfato e outra para a produção de concentrado de urânio.
A compra de equipamentos para o complexo, alguns deles vindos de fora do Brasil, só será iniciada após a definição de todo o processo de licenciamento. Os equipamentos que exigem o maior prazo para a entrega demoram de 12 a 18 meses entre a aquisição e sua chegada. Contudo, Galvani Júnior garante que esta etapa está alinhada com as expectativas de cronograma do empreendimento.
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