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Senador Armando Monteiro pode ser ministro do Desenvolvimento

Estadão Conteúdo | 16h01 | 21.11.2014

Presidente Dilma teria feito o convite para Monteiro nesta manhã

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Monteiro disse que não poderia confirmar se foi convidado para ocupar o cargo

Agência Brasil

A presidente Dilma Rousseff convidou nesta sexta-feira, 21, pela manhã, o senador Armando Monteiro (PTB-PE) para ocupar o cargo de ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). O Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, apurou com aliados de Monteiro em Pernambuco que ele aceitou o convite.
Em entrevista ao Broadcast, Monteiro afirmou que não poderia confirmar se foi convidado para ocupar o cargo. "Não posso lhe dizer (se fui convidado)", afirmou. "Quem pode falar e confirmar alguma coisa é Palácio do Planalto e a presidente", completou.

Mas o senador do PTB fez questão de destacar sua trajetória ligada ao setor industrial. Candidato derrotado ao governo de Pernambuco, com o apoio do PT de Dilma, Monteiro é ex-presidente da Confederação Nacional da Indústria. "Quero lembrar que a minha trajetória é muito ligada à indústria", disse. Ele sublinhou que tem a interlocução com o setor industrial e promoveu uma série de ações para tentar melhorar o setor produtivo.

 

Depois de mobilizar toda a equipe do Palácio do Planalto, a Presidência da República informou que não haverá mais anúncio de nomes de ministros nesta sexta-feira (21), segundo a jornalista Cristiana Lobo. A decisão foi da presidente Dilma Rousseff. As razões não foram explicadas até agora. Dilma deveria anunciar também a nova equipe econômica composta por Nelson Barbosa, Joaquim Levy e Alexandre Tombini.

Indicação como "cota pessoal"
Sem entrar em detalhes, Monteiro disse que, durante a conversa com Dilma, discutiram sobre o momento por que passa a economia, a política e também sobre a reforma ministerial. Ele afirmou que, se for confirmada a indicação, o Ministério do Desenvolvimento seria uma indicação da "cota pessoal" da presidente e não de cota partidária. "Pelas características, o ministério não é ligado a partilhas políticas", frisou.
Desde a eclosão do escândalo do mensalão, a partir das declarações do presidente licenciado do partido, Roberto Jefferson em 2005, o PTB não integra o primeiro escalão dos governos petistas. Na eleição deste ano, a legenda decidiu, de última hora, apoiar o candidato derrotado à Presidência, Aécio Neves (PSDB).