FILHO ENVENENADO
Militar acorda e deve ser ouvido pela Polícia
24.11.2014
Segundo delegado, subtenente do Exército apresenta 'melhoras consideráveis' em seu estado de saúde
O subtenente do Exército Brasileiro (EB) Francilewdo Bezerra Severino, 45, após sair do estado de coma, acordou. Ele está internado desde o último dia 12 na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital Geral do Exército (HGE). Na madrugada daquele dia, o militar foi encontrado em sua casa agonizando após ingerir chumbinho, segundo a Polícia.
O homem também encontra-se preso pois, segundo a esposa, Cristiane Renata Coelho Severino, 41, ele teria sido responsável pela morte do filho, Lewdo Ricardo Coelho Severino, de nove anos. O menino foi encontrado também na residência da família, no Conjunto Napoleão Viana, bairro Dias Macêdo, sem vida, após ser envenenado com a mesma substância que o pai.
De acordo com o delegado titular do 16ºDP (Dias Macêdo) e presidente do inquérito, Wilder Brito Sobreira, a investigação aguarda agora a recuperação do militar para que possa apresentar sua versão dos fatos.
"O subtenente acordou após sair do coma e apresenta melhoras consideráveis. Entretanto, ainda não é o momento para ele depor. Aguardamos pela avaliação médica", disse. Segundo Sobreira, apesar de ter acordado, Francilewdo ainda não reúne condições de estar frente a frente com a autoridade policial. "Ele está consciente, porém, contamos com a família e com os médicos para vermos o melhor momento de conversarmos. O subtenente faz testes para retirar a aparelhagem e verificamos, com isso, o momento oportuno de ser realizado o depoimento", esclareceu o delegado.
Vizinho
O delegado afirmou que, dentre uma série de fatores como o tipo físico do subtenente e o fato de ele ser atleta amador, uma vez que é membro de um clube de futebol americano, a ação dos vizinhos foi fundamental para que a vida do militar fosse salva na madrugada do dia 12.
"Ouvi algumas testemunhas e segundo os relatos quem primeiro chegou à cena do crime foram os vizinhos. Um deles teve participação crucial nos primeiro socorros. Quando viu que Francilewdo não conseguia respirar, pois estava engasgado com secreção, o colocou de lado, fazendo o militar voltar a respirar", afirmou Sobreira.
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