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Índices de perda de água ainda são elevados em Fortaleza
28.08.2014
Estudo mostra que 37% da água da Capital é perdida entre a captação e a entrega na casa do consumidor
Fortaleza praticamente não tem conseguido reduzir a quantidade de água que se perde até chegar à casa do consumidor. De acordo com o estudo divulgado, ontem, pelo Instituto Trata Brasil, a capital cearense registrou índice de 37,61% em relação a essa perda em 2012, apenas um ponto percentual menor do que foi contabilizado na pesquisa divulgada em 2013 e referente a 2011, quando a perda de água era de 38,55%.
O estudo é baseado nos dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (Snis) do Ministério das Cidades de 2012, número mais atual sobre o tema, e analisa as 100 maiores cidades do País. Dentre os quesitos avaliados, a pesquisa revela que a média de perda de água (faturamento) nessas 100 cidades foi de 39,4%, sendo superior à média brasileira de 36,9%.
A Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) esclarece que as ocorrências que mais causam perda de água estão relacionadas a fraudes e vazamentos. Esses problemas podem tanto ocasionar baixa pressão como aumentar o consumo de forma imprevisível.
Já o desperdício está relacionado, por exemplo, à água que vaza em torneiras, descargas, chuveiros, boias de caixa-d'água e tubulações. A Cagece exemplifica que uma torneira gotejando pode desperdiçar até 1.380 litros em um mês.
Ranking
No ranking dos municípios com acesso à água tratada e esgotamento sanitário adequado, Fortaleza aparece como a terceira capital do Nordeste melhor classificada. No entanto, a capital cearense ocupa a 66ª posição entre as 100 maiores cidades do País, 23 posições abaixo da classificação do ano passado. Conforme os dados da pesquisa, 89,14% da população de Fortaleza têm acesso a água tratada, número inferior a média nos100 maiores municípios brasileiros, que é de 92,2%.
A média nacional de água tratada é de 82,70%. Já o esgoto tratado na Capital abrange 49,43% da população, índice superior à média nacional, que foi de 48,29%. O ranking mostra também a quantidade de ligações que cada município precisa fazer para ter a universalização da água e do esgoto. Segundo o estudo, 32 municípios brasileiros fizeram mais de 80% das implementações pendentes para a universalização da água, enquanto que 27 cidades realizaram menos de 20% do que o necessário.
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