sexta-feira, 1 de agosto de 2014

INICIATIVA POPULAR

Ação quer fim do político profissional

01.08.2014

O movimento é para impedir as reeleições, em razão de alguns políticos buscarem a perpetuação no cargo

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Fac-símile da publicação do Diário do Nordeste, edição da última quarta-feira, mostrando que até os médicos de formação têm como profissão a política
O jurista e presidente do Instituto Avante Brasil, Luiz Flávio Gomes, vai lançar nesta sexta-feira uma petição online para coletar assinaturas com o objetivo de forçar o Congresso Nacional a aprovar um projeto de Lei de iniciativa popular que estabeleça regras para futuros pleitos extinguindo a figura do político profissional. Na avaliação dele, o aproveitamento de cargos eletivos como profissão amplia o espaço para a prática da corrupção pública e o fim das seguidas reeleições é o principal passo para a solução deste problema.
"Já existe uma petição, mas ela não foi de nossa iniciativa e está parada. Por isso, nós vamos lançar a partir de primeiro de agosto uma nova petição. Todo mundo pode assinar. Basta acessar o site fimdopoliticoprofissional.Com.Br. É só colocar a assinatura para podermos criar um movimento forte e pressionar os políticos a se auto limitarem. Não tem outra forma. Temos que fazer isso e a pressão é válida", esclareceu.
A proposta apresentada pelo jurista é focada em três eixos. A primeira sugestão presente na petição é proibir a reeleição para qualquer cargo eletivo. A segunda proposição é impedir que parentes sejam aproveitados como peças estratégicas que permitam a continuidade de determinado político no poder. Por último, defende a destituição do eleito caso seja constatada incompetência.
Doação
Luiz Flávio Gomes ressaltou que, em toda campanha eleitoral, os candidatos assumem compromissos com as empresas responsáveis pelo financiamento das atividades durante o pleito e gastam todo o mandato apenas preocupados em honrar acordos com as instituições privadas que serão fundamentais à reeleição.
"As campanhas políticas são financiadas por pessoas que depois cobram toda a doação dada. Então, a doação vira investimento e o político se compromete com quem financiou a campanha. Esse é o problema".
Então, prossegue: "nós temos renovar continuamente os cargos eletivos e manter uma estrutura burocrática eficiente", apontou ao acrescentar que a profissionalização provoca o enraizamento com as práticas de corrupção, nepotismo e clientelismo tão comuns hoje.

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