quarta-feira, 2 de julho de 2014

ELEIÇÃO MAJORITÁRIA

Um deles será o governador do Ceará

02.07.2014

Após reviravoltas e surpresas, os eleitores do Ceará poderão optar entre quatro nomes para suceder Cid Gomes

ailton lopes
Ailton Lopes é bancário e professor de português e espanhol. Nascido em Pau dos Ferros (RN), milita na oposição bancária e no movimento de diversidade sexual. Iniciou sua militância na Pastoral de Juventude, participou do movimento estudantil da Universidade Estadual do Ceará (UECE) e foi filiado ao PT, com o qual rompeu por discordar das diretrizes da legenda. Pelo PSOL, foi candidato a deputado estadual em 2006 e a vereador de Fortaleza em 2008.
Camilo Santana
Camilo Santana foi secretário do Desenvolvimento Agrário entre 2007 e 2010 e secretário das Cidades até setembro do ano passado, sendo o deputado estadual mais votado em 2010. Está há 13 anos no PT e integra a ala da agremiação mais próxima aos irmãos Ferreira Gomes. Filho do ex-deputado Eudoro Santana, Camilo é engenheiro agrônomo e servidor do Ibama. Em 2012, chegou a ser cotado para ser candidato à Prefeitura Municipal de Fortaleza. É do Crato.
Eliane Novais
Eliane Novais (PSB) é economista, deputada estadual e foi vereadora de Fortaleza. Irmã do ex-deputado Sérgio Novais, nos últimos anos, tornou-se crítica ferrenha da gestão Cid Gomes, que até o ano passado era do mesmo partido da pessebista. É servidora da Secretaria de Infraestrutura do Estado (Seinfra) e, em 2007, assumiu a Diretoria de Gestão Empresarial da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece). Eliane Novais é natural da cidade de Fortaleza.
Eunício
Eunício Oliveira é senador da República, empresário e líder do PMDB no Senado. Aliado recente de Cid Gomes, foi se afastando do gestor, desde o ano passado, para emplacar a candidatura ao Governo do Estado. O peemedebista já foi deputado federal por três mandatos e ministro das Comunicações do Governo Lula. Em 2010, foi o senador mais votado do Ceará. Eunício também é presidente do PMDB no Ceará. Nasceu no município de Lavras da Mangabeira.
As eleições deste ano no Ceará terão um número consideravelmente reduzido de candidatos ao pleito majoritário, que são os cargos de governador, vice-governador e senador. Somente quatro chapas foram homologadas pelos partidos até o último dia 30 de junho - prazo final para a realização de convenções - para disputar a cadeira mais alta do Palácio da Abolição.
Representando o grupo apoiado pelo arco de alianças do governador Cid Gomes, o escolhido para encabeçar a chapa ao Governo Estadual é o deputado Camilo Santana (PT). A vice-governadoria será disputada pela ex-secretária da Educação Izolda Cela (PROS), que era uma das pré-candidatas ao Governo Estadual. Ela comandou a pasta mais bem avaliada da gestão liderada por Cid de 2007 a abril de 2014 e é casada com o prefeito de Sobral, Veveu Arruda.
Para o Senado, quem concorre pela chapa governista é o deputado Mauro Filho, titular da Secretaria da Fazenda de 2007 a setembro de 2013. O parlamentar é economista e professor da Faculdade de Economia da Universidade Federal do Ceará.
Mauro Filho foi secretário da Fazenda da Prefeitura de Fortaleza em 1989, na gestão de Ciro Gomes. Nos anos 1990, foi secretário do Planejamento e secretário da Casa Civil, a convite de Ciro Gomes já como governador do Estado. Desde 1994, o parlamentar tem conseguido se eleger para deputado estadual. Os suplentes de senador são o deputado federal José Linhares (PP) e Honório Pinheiro (PROS).
Até o início da noite de ontem, a assessoria de imprensa do PROS não havia feito o balanço de todas as atas das convenções, mas já havia pelo menos 19 aliados confirmados no apoio à candidatura de Camilo Santana.
Uma das chapas opositoras é liderada pelo senador Eunício Oliveira, empresário e líder do PMDB no Senado. A chapa formada por DEM, PRP, PSC, PTN, PSDC e PPS terá na vaga de vice-governador Roberto Pessoa (PR), ex-prefeito de Maracanaú. Arquirrival dos irmãos Ferreira Gomes, Pessoa foi deputado estadual e deputado federal por três mandatos. Antes, Roberto estava disposto a sair candidato ao Governo do Estado, mas, para fortalecer a oposição, acabou se unindo a Eunício Oliveira.
O nome que concorrerá a uma vaga no Senado é Tasso Jereissati (PSDB), que foi governador do Ceará três vezes e senador até 2010, quando perdeu a eleição para Eunício Oliveira e José Pimentel, ambos apoiados pelo ex-presidente Lula. Empresário, Tasso ganhou a eleição para o Governo Estadual, em 1986, com um discurso contra os coronéis cearenses remanescentes do regime militar e com a promessa de modernizar o Estado. Os suplentes de senador serão Chiquinho Feitosa (DEM) e Fernando Façanha (PSDB).
A chapa surpresa deste pleito é liderada pela deputada estadual e economista Eliane Novais (PSB), que postulará uma cadeira no Executivo. O cargo de vice-governador será pleiteado pelo empresário e advogado Leonardo Bayma, secretário de relações institucionais do PSB cearense e ex-conselheiro nacional de Juventude no Governo Lula.
Preterida
O nome de Leonardo foi escolhido às pressas, após Nicolle Barbosa renunciar ao cargo por se sentir preterida pelos correligionários. Ela estava cotada para ser a candidata ao Governo e foi avisada, na última hora, que a indicada seria Eliane Novais.
Quem vai pleitear a senatória pelo partido é a ambientalista Geovana Cartaxo, professora universitária e integrante da comissão nacional da Rede Sustentabilidade de Marina Silva. Os suplentes de senador são Valda Albuquerque e João Siebra. O PSB vai sair sozinho na chapa majoritária, sem alianças.
A quarta coligação que vai se candidatar nas eleições majoritárias é encabeçada pelo PSOL, que, ao lado de PCB e PSTU, lançou a candidatura do sindicalista e professor Ailton Lopes ao Governo do Estado, que lidera a "Frente de Esquerda Socialista".
O vice de Ailton na disputa será Jean Carlos, do PCB, ligado à categoria dos sapateiros. Já a vaga de senador, na chapa que se denomina oposicionista, ficará com Valdir Pereira (PSTU), assessor político do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários (Sintro). Os suplentes são Benedito Oliveira (PCB) e Augusto César (PSOL).
Acordos para a disputa de vagas no Legislativo

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