quinta-feira, 3 de julho de 2014

CUIDADOS

Brincadeira com pipas requer atenção especial

03.07.2014

O passatempo pode causar acidentes e até o desligamento da rede elétrica, quando a arraia fica presa nos fios

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Para evitar acidentes, a Coelce recomenda que as pessoas não tentem resgatar as pipas que ficam presas à rede elétrica
FOTO: ÉRIKA FONSECA
Brincadeira que passa de geração em geração, as pipas colorem o céu de maneira especial. Fabricada, algumas vezes, em casa, a arraia é uma ótima forma de distração e ocupação do tempo no período de férias e bons ventos. Entretanto, o perigo de está ligado a essa brincadeira, se não forem adotados alguns cuidados. Chegando a provocar até o desligamento da rede elétrica, com prejuízo à população, a ação pode causar acidentes.
De acordo com a Companhia Energética do Ceará (Coelce), somente de janeiro a maio de 2014, a brincadeira foi responsável por 331 ocorrências na rede elétrica, o que resultou na interrupção do fornecimento de energia para cerca de 145 mil consumidores em todo o Ceará. Em igual período do ano passado, a companhia registrou 579 acontecimentos.
"Quando a pipa é empinada em uma região que possui redes elétricas, causa a aproximação dos condutores com a fiação. Pode ocorrer o curto circuito, o que provoca danos para a rede. O primeiro a se prejudicar e ficar sem energia é o próprio cliente", afirma Francisco Queiroz, gerente de manutenção e obra de Fortaleza da Coelce.
Durante o período das férias, em junho, julho e agosto, a atenção precisa ser redobrada, pois é o momento que as crianças mais praticam a atividade e ocorre um aumento na quantidade de registros em todo o Estado. Em 2013, a Coelce registrou 1.467 ocorrências no Ceará, afetando 491.812 clientes.
Arraias
Na Rua Gestão Justo, no Parque Veras, é fácil encontrar crianças e adolescentes brincando com arraias. A maioria fabrica o objeto em casa e vê ali uma forma de passar o tempo ocioso. O lugar é de terra batida, sem muitos atrativos, e contém algumas árvores e postes em volta, mas mesmo assim não inibi ou causa temor nos garotos.
Emerson Araújo Costa, 14, conta sempre buscar locais adequados. "Sempre procuro soltar a arraia em cantos mais abertos, que não tenham muitos lugares para a pipa enrolar e ficar presa".
A maioria dos acidentes acontece quando a arraia fica presa à rede elétrica e as crianças tentam retirá-la utilizando materiais condutores, como barras metálicas. "Recomendamos que quando isso aconteça, a pessoa deixe a pipa lá. Durante o resgate das arraias, qualquer objeto condutor de energia pode ocasionar um acidente fatal. Os agentes sempre limpam a fiação e retiram os brinquedos", esclarece Francisco Queiroz.

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