CIDADES-SEDES

Falhas são encontradas em serviços de táxis

01.07.2014

Cobrança abusiva, taxímetro desligado e uso de celular ao volante foram algumas das irregularidades encontradas na Capital, segundo associação

FOTO: JOSÉ LEOMAR

Com o aumento de turistas durante o período da Copa do Mundo, alguns taxistas têm se aproveitado dessa situação. Uns chegam a cobrar valores abusivos pelas corridas, outros não ligam o taxímetro e combinam o preço do translado. A conclusão é da associação de consumidores Proteste, que detectou ilegalidades em Fortaleza e nas outras 11 cidades-sede.

Mesmo com determinação legal, a maioria dos táxis na Capital não continham a tabela de preço das bandeirada, R$4,00, e do valor cobrado por quilometro, na bandeira um R$2,00 e na dois, R$3,00. De acordo com a associação, a exibição de adesivos com informações das tarifas foi encontrada apenas em Curitiba (PR), Porto Alegre (RS) e Rio de Janeiro (RJ).

O presidente da Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor), Antônio Ferreira, acredita que a tabela ajuda na hora de comparar o preço com o cobrado. "A Prefeitura baixou uma portaria para comunicação visual dos táxis. Eles têm que possuir no interior do vidro a tabela de preço".

Também foi constatado o uso do celular durante o trajeto em Fortaleza, Curitiba, Belo Horizonte (MG), Natal (RN), Rio de Janeiro, Salvador (BA) e São Paulo (SP). Foram apuradas falhas no cumprimento do Código de Defesa do Consumidor, como cobrança de tarifas adicionais e não informação prévia sobre a mudança de bandeira. Ferreira afirma que é obrigação do permissionário ligar o taxímetro. "É proibido combinar valores antes da corrida", lembra.

Ainda segundo o presidente da Etufor, os únicos que podem pré-determinar os valores são os táxis do aeroporto. "Eles cobram de acordo com as zonas, áreas que a cidade é dividida. Cada um possui um valor específico".

Ferreira pede para os usuários fazerem reclamações. "A nossa fiscalização se encontra em campo justamente para isso. No caso de flagrante, o veículo é retido e só pode ser retirado mediante a pagamento de multa".

A reportagem entrou em contato com o Sindicato dos Taxistas do Ceará (Sinditáxi), mas, até o fechamento desta edição, não obteve sucesso.